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Não é só PT e PMDB. Lava Jato chega ao PSDB

Governador Geraldo Alckmin (PSDB) em evento, em outubro

O personagem tratado pelo codinome “santo” em planilhas da Odebrecht que listam pagamento de propina é o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), segundo a revista “Veja” que circula a partir deste sábado (26). A publicação diz ter confirmado essa informação com três fontes que participam do acordo de delação da Odebrecht, considerado o mais explosivo da Lava Jato.

A Folha revelou em março que o apelido “santo” aparecia associado a uma obra do governo Alckmin de 2002, a duplicação da rodovia Mogi-Dutra. Papéis apreendidos com o executivo da empreiteira Benedito Barbosa da Silva Jr. traziam as seguintes anotações: “valor da obra = 68.730.000 (95% do preço DER)”. Logo a seguir aparecia: “custos c/ santo = 3.436.500”. A palavra “apóstolo”, que havia sido escrita originalmente na página, foi rasurada e trocada por “santo”.

O codinome “santo” também é citado em e-mail de 2004, enviado por um executivo da Odebrecht que gerenciou a construção da linha 4 – Amarela do Metrô, chamado Marcio Pelegrino. Ele diz na mensagem que era preciso fazer um repasse de R$ 500 mil para a campanha “com vistas a nossos interesses locais”. O executivo diz que o beneficiário do suposto suborno era o “santo”.

Nenhum dos delatores da Odebrecht contou ter discutido repasse de propina diretamente com o governador, ainda segundo a revista.

A assessoria de Alckmin afirmou à revista que todas as contribuições recebidas por ele foram declaradas à Justiça. Segundo a nota, o governador nunca participou de negociações ilícitas e é um defensor das delações premiadas.

SERRA

Em reportagem na edição desta semana, já nas bancas, VEJA também revela como despesas da campanha de José Serra à Presidência em 2010, como o jatinho que ele usou para viajar pelo país, foram bancadas com dinheiro sujo da Odebrecht.

Os recursos foram depositados na Suíça em contas pessoais de um aliado do tucano, o ex-banqueiro Ronaldo Cezar Coelho.

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