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Não é artificial, é real

Este blog foi um dos maiores críticos do sistema de segurança no governo passado. Comandando pelo letárgico, ineficiente e inoperante Aluísio Mendes, o Maranhão viveu dias de terror. Hoje exercendo mandato de deputado federal, Mendes achava até o ano passado que tudo não passava de implicância da oposição. Acuado por tantas mortes, assaltos, decapitações em Pedrinhas, ele chegou a afirmar, em uma infeliz declaração, que a sensação de insegurança era artificial, criada pela mídia oposicionista à época.

Assim como este espaço se posicionou no governo passado, mantendo a postura de coerência, lealdade com os leitores e o princípio da verdade e retidão, hoje alertamos para os graves problemas ainda existentes no setor segurança.

Primeiro, vale dizer, é notável o esforço incansável do governador Flávio Dino para enfrentar o crime, seu compromisso destacado com a ordem e a tarefa de garantir tranquilidade e paz à população. Por outro lado, só a vontade do governador não basta, é indispensável que haja competência, ousadia e vontade de trabalhar da equipe de gestores que cuida do sistema de segurança no estado.

Em cinco meses de gestão é cedo para que o governo resolva a problemática da violência que assola as famílias maranhenses. Todavia, não se pode deixar que as facções criminosas voltem a ganhar espaço como ocorreu no governo Roseana Sarney. O afrouxamento no enfrentamento à marginalidade atrelado a total falta de comando fizeram com que, na gestão anterior, o estado perdesse o controle da situação. O resultado foi a barbárie, o pânico.

Trazendo para o presente, é palpável (e não artificial) a ação da bandidagem nos últimos dias. A execução de militares, a pistolagem na ativa, assalto a bancos, roubos a ônibus não se trata de simples peça de ficção científica. É real, é vivido no dia a dia. A vida de um trabalhador, de um cidadão de bem e pai de família inocente não é artificial. Sangue derramado, armas, balas, sofrimento de famílias são de verdade assim como a morte, que não tem volta. Nota-se, em especial neste mês, um certo avanço da criminalidade em São Luís e no estado.

presos

Desse modo, os incidentes dos últimos dias não devem ser encarados como fatos normais do cotidiano ou situações meramente atípicas. A Secretaria de Segurança precisa empregar respostas enérgicas, céleres e eficientes para barrar a ação das organizações criminosas.

O abrandamento, o corpo mole, a inércia, inabilidade de quem comanda o sistema de segurança é visto pela bandidagem como um sinal verde para avançar. E estão voltando a ganhar terreno, vale advertir.

O governador Flávio Dino tem mostrado total empenho no sentido de garantir a preservação da integridade da população. Com disposição, trabalha até altas horas da noite, monitora as operações desempenhadas pelas forças de segurança e determina medidas que devem ser tomadas. A segurança é um dos setores que tem demandado mais atenção do governador. Só que seus auxiliares precisam atuar no mesmo compasso de eficiência e corresponder à altura do compromisso que o governador tem com o povo. Vontade tem de sobra em Dino, mas falta a alguns de seus auxiliares. Inadmissível, por exemplo, que secretários não saibam sequer o que se passa nas suas pastas.

O governo não pode perder a rédea.

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