Do blog do Wellington Rabelo

O Grupo de Escolta e Operações Penitenciárias (Geop) detectou, na manhã desta quinta-feira (2), artefatos que seriam usados para a fabricação de uma bomba caseira, que resultaria na fuga de presos. O material estava num fundo falso de um depósito cheio de comida. A apreensão aconteceu na Casa de Detenção (Cadet 2), um dos prédios anexos ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Material para fabricar bomba estava escondida embaixo de comida

Durante a vistoria de rotina, os agentes encontraram dentro do recipiente uma banana de dinamite e pólvora, que estavam sendo conduzidos por Gerlane dos Santos Pereira, de 22 anos. A jovem, que está grávida de quatro meses, visitava o marido, Hernando Rodrigues Nascimento.

Conforme informações do superintendente de Execuções Penais da Secretaria de Estado da Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), Fredson Maciel, o produto seria para o marido da jovem. Fredson contou que Gerlane não tinha conhecimento do que transportava no depósito. “Ela nos disse que não sabia que o material estava dentro da quentinha”, afirmou o superintendente.

Fredson disse ainda que uma terceira pessoa, o interno Diego Cristiano Alves, o “Paraná”, foi quem tinha feito a encomenda do material explosivo. De acordo com ele, Paraná, que é especialista em explodir caixas eletrônicos, teria ameaçado Hernando para que Gerlane, durante o dia de visita, trouxesse o material. “Estamos investigando, mas o que sabemos é que Paraná teria dito para Hernando que, se ele não mandasse a mulher trazer a dinamite, iria fazer algo contra ela em dia de visita”, contou Maciel.

Fuga em massa – O detento Hernando Rodrigues Nascimento revelou que o material seria usado para explodir o muro da quadra durante o banho de sol dos internos. Ele disse que já planejava a ação há algum tempo. De acordo com Hernando, a esposa realmente não tinha conhecimento da ação que resultaria numa fuga em massa dos presos de Pedrinhas. “Eu tinha esse material guardado em casa e iria explodir o muro da quadra pra quem quisesse fugir ter a oportunidade”, afirmou.

Seic – O superintendente da Sejap Fredson Maciel contou que todos os três foram encaminhados para a Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). Lá, o delegado Luís Jorge investigará o envolvimento que cada um tem na ação.