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Mudanças ameaçadoras

Aos céticos, que, baseados ainda no poder do tráfico de influência sobre os tribunais deste país, sequer acreditam que Roseana Sarney possa ir a julgamento antes da eleição de 2014, alguns lembretes de como as instituições públicas, inclusive as afetas ao Poder Judiciário, estão tomando atitudes bem mais democráticas no Brasil.

O julgamento do Mensalão aconteceu e seus protagonistas, na maioria gente com fortes ligações com o Palácio do Planalto, foram irremediavelmente condenados pelo Superior Tribunal Federal. O Conselho Nacional de Justiça afastou compulsoriamente inúmeros juízes corruptos e o Senado acaba de aprovar emenda constitucional que transforma em punição real este ato até agora considerado um prêmio aos magistrados incursos em crimes. A corrupção, por decisão do Senado, é hoje crime hediondo e inafiançável.

O Ministério Público também ingressou na Justiça contra a diplomação da governadora. O papa Francisco esteve no Brasil e disse que quer que a Igreja vá para as ruas. A igreja vai. E não somente rezar. Empresários flagrados em trabalho escravo no Brasil poderão ter cassados os registros de ICMS de suas empresas. Menos no Maranhão, onde a governadora vetou projeto similar, do deputado Othelino Neto.

A PEC 37, que retirava poderes do Ministério Público, foi desaprovada em menos de 24 horas. Funcionários públicos, com a aprovação de projeto do deputado Zé Carlos do PT, estão, assim como os políticos, sob o mesmo regime da Lei da Ficha Limpa. O povo brasileiro demonstrou que não precisa sequer de líderes ou qualquer tipo de organização para ir às ruas exigir seus direitos ou, mesmo, a cassação de quem quer que seja.

Todos esses efeitos e mais os não lembrados agora ensinam que as instituições públicas começam a agir com justiça e de acordo com a vontade do povo, principalmente depois das manifestações de protesto do mês de julho.

Que, para o bem de todos e felicidade geral da Nação, devem estar de volta no ano que vem.

(JM Cunha Santos)

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