Fechar
Buscar no Site

MP investiga prefeito que exigiu presença de comissionados em show da noiva durante prévia

Foto: Reprodução

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu procedimentos para investigar o prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), por improbidade administrativa e uso indevido de recursos públicos.

No domingo (17), ele exigiu a presença de servidores comissionados em uma prévia carnavalesca para acompanhar o show da noiva, a cantora Taty Dantas, que também é secretária de Assistência Social da cidade, no Grande Recife.

A convocação aos comissionados ocorreu por meio de áudios divulgados nas redes sociais. Horas depois, Meira confirmou à TV Globo que as gravações, de fato, tinham sido feitas por ele, sob a justificativa de que “era preciso apoiar a noiva”.

Por meio de nota, divulgada nesta segunda-feira (18), o MPPE informou que o procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, determinou à assessoria criminal a abertura de investigação para apurar o possível caso de peculato, por causa do uso de verbas da prefeitura para um ”fim privado e pessoal”.

Segundo o subprocurador de Justiça, Clênio Valença, caso denunciado e condenado pelas infrações preliminarmente verificadas pelo MPPE, o prefeito poderia cumprir pena de dois a 12 anos de prisão.

“A gente enxerga, em tese, a prática do crime de peculato e o uso indevido de serviço público e também a prática de constrangimento ilegal. A rigor, o prazo para finalização do processo de investigação criminal é de 90 dias, podendo ser prorrogado por igual período. Se constatarmos que não houve crime, o processo é arquivado. Caso contrário, o prefeito é denunciado perante o Tribunal de Justiça pelas infrações penais que entendermos estarem caracterizadas”, afirma.

O Ministério Público disse, ainda, que a eventual responsabilização ficará a cargo do procurador-geral, uma vez que o gestor tem foro privilegiado. Além disso, a instituição encaminhou para a Promotoria de Justiça de Camaragibe a apuração da possível prática de improbidade administrativa.

De acordo com a nota do Ministério Público, a promotora de Defesa do Patrimônio Público, Mariana Vila Nova, instaurou procedimento para investigar o caso. G1

O conteúdo deste blog é livre e seus editores não têm ressalvas na reprodução do conteúdo em outros canais, desde que dados os devidos créditos.

mais / Postagens