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Marcelo reafirma que CPI dos R$ 73 milhões tem cunho político

O líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO), Marcelo Tavares (PSB), voltou a acusar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada para apurar o destino dado aos R$ 73 milhões de convênio do Governo Jackson com a Prefeitura de São Luís, de possuir cunho político.

O deputado disse que o viés político estaria acontecendo porque cerca de cem outros prefeitos, além do da capital, João Castelo (PSDB), também fizeram convênios com o Estado na época, mas ficaram de fora das investigações.

“A CPI tem sim embasamento político, porque quer escolher os investigados. Todas as afirmações que são feitas pelo Governo desconhecem que em torno de 100 prefeitos vivem uma situação parecida com a da Prefeitura de São Luís”, enfatizou Marcelo Tavares.

O parlamentar do PSB acusou também os governistas de evitar investigar qualquer outro tema, sob a alegação de que a comissão estaria se desviando do foco. “Achamos que os aliados da Governadora Roseana Sarney não podem ter a licença para malversar os recursos públicos”, afirmou.

Marcelo Tavares citou, por exemplo, a proposta de criação de CPI para apurar o caso de propina entre os parlamentares para aprovar o projeto de lei para derrubada de palmeiras de babaçu, feita pelo deputado Bira do Pindaré (PT).

“É preciso que nós tenhamos consciência disso e tudo que nós fazemos agora é para desviar o foco, quando vamos investigar algo não pode investigar isso porque é para desviar o foco, que a CPI da propina proposta pelo Deputado Bira é para desviar o foco da outra, quando vamos à outra da CPI dos convênios é para desviar o foco da CPI da propina. Eu quero só deixar claro para todos, que a Oposição nesta Casa participa e quer todas as investigações”, ressaltou Tavares.

O líder do BPO garantiu que a governadora não vai permitir nenhuma investigação. “Eu entendo que a Governadora Roseana não vai permitir nenhuma investigação nessa Casa, porque nós vamos esbarrar no polo matricial da corrupção no Estado que todos nós sabemos de onde sai”, denunciou.

O parlamentar socialista lembrou que apenas o deputado Tatá Milhomem (PSD) assinou a CPI e lamentou que os demais governistas não queiram investigar o caso.

Marcelo Tavares afirmou ainda que venceram os sarneisistas dentro do PSB e que já está com diretório definido. “Então, nós, do PSB, já temos um diretório constituído, batemos os sarneysistas dentro do PSB, e o nosso diretório já está registrado até 2015, em 2014 estaremos juntos com Flávio Dino, para mudar o Maranhão e fazê-lo um Estado digno para os maranhenses”.

Por fim, Marcelo disse que vai continuar fazendo oposição dura, mostrando os “desmandos de um Governo corrupto, irresponsável e negligente que deixa todos os maranhenses sempre numa situação de vergonha nacional como o Estado mais pobre da Federação”. (Com informações da Agencia Assembleia)

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