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Deputado chama Roseana de “soberba” e “arrogante” e diz que seu governo é “fraco”

O deputado Marcelo Tavares (PSB), líder do Bloco de Oposição, em pronunciamento da tribuna da Assembleia, na sessão desta segunda-feira (5), ao avaliar a paralisação dos policiais militares e bombeiros, afirmou que “o Maranhão viveu dias difíceis devido à soberba da governadora Roseana Sarney (PMDB) em não querer negociar com os grevistas”.

Marcelo Tavares, inicialmente, agradeceu o empenho e a participação de todos os deputados de oposição na busca de uma solução para o conflito estabelecido entre o governo e os militares e, inclusive, destacou a participação nesse sentido do deputado Zé Carlos (PT), da base de apoio do governo, que, segundo ele, teve um comportamento exemplar.

“Quero aqui deixar o repudio da Oposição pelo fechamento da Assembleia pela maneira como ele foi feito e também pela possibilidade de reintegração de posse que ainda chegou a ser veiculada aqui. Um dos jornais do Governo chegou inclusive a dizer que nós da Oposição teríamos concordado com isso. Não é verdade, em nenhum momento, concordamos e deixamos isso bem claro ao Presidente, que também nos disse que só tomaria essa decisão em última hipótese e nos pediu que trabalhasse pelo diálogo e a Oposição não fez outra coisa”, ressaltou Marcelo.

Conforme Tavares foi a Oposição que impôs à Governadora Roseana Sarney o diálogo e conseguiu promover a reunião para o entendimento. “Se dependesse única e exclusivamente do Governo, talvez nós ainda estivéssemos vivendo dias de greve e de profunda interrogação na cabeça dos maranhenses sobre o futuro do nosso Estado”, declarou.

“Não fosse nossa intervenção, o diálogo não teria existido. O acordo feito poderia ter acontecido desde o início. Não aconteceu devido à soberba e a arrogância da governadora e o despreparo desse governo fraco, que tem um secretário de Segurança que não tem controle da máquina pública da Segurança”, completou Marcelo Tavares.

Segundo o parlamentar socialista, os militares deixaram provado que o movimento que realizaram foi ordeiro, pacífico, respeitoso e justo. “Não temos nada quebrado na Assembleia. A ocupação foi feita com respeito a esta Casa, foi feita de maneira zelosa com esta Casa, não há prejuízos materiais a esta Casa. Não houve um só ato de desrespeito a esta Casa durante o tempo que aqui estiveram. E aqui era mesmo o melhor lugar para eles ficarem, pois é a Casa do povo”, afirmou.

O deputado Marcelo Tavares repudiou a decisão de fechar a Assembleia durante o movimento paredista dos militares e criticou o presidente Arnaldo Melo. “Repudio a decisão tomada de fechar esta Casa. Só não aceito que pisem na oposição como querem fazer, eu sei o que é ser oposição, já V. Ex.ª não sabe, sempre foi governo, eu não, eu já fui governo e agora sou oposição”, disparou.

Movimento dos militares foi vitorioso

O deputado Rubens Júnior (PCdoB) também considerou como vitorioso e histórico o movimento paredista realizado pelos integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Maranhão. Ele enalteceu o papel desempenhado pela Assembleia e outras lideranças políticas durante o movimento dos militares.

“Esta Casa não fugiu à sua responsabilidade. É nosso papel como representantes do povo intermediar os conflitos da sociedade. Registro a participação do senador João Alberto como interlocutor do governo para se chegar a uma solução para o movimento dos militares e quando o governo parou com a sua birra, que nomeou um interlocutor, dois, três dias depois se chegou a um acordo com a categoria”, avaliou.

Segundo o deputado, o movimento paredista dos militares poderia não ter se prolongado tanto se o governo do Estado tivesse aceito o diálogo como foi proposto desde o início pelas lideranças do movimento e a própria Assembleia Legislativa.

“O movimento não estava intransigente, o movimento estava aberto à negociação, à conversa e o Governo do Estado errava quando dizia que não conversaria com o movimento pela suposta decretação da ilegalidade por parte do Tribunal de Justiça. E aí era um contrassenso, dizia que se o governo negociasse com a categoria estaria desmoralizando o Poder Judiciário, enquanto isso o próprio Presidente do Tribunal de Justiça junto com o Presidente da Assembleia e a representante do Ministério Público, a Procuradora Geral de Justiça estavam na mesa tentando acordo, tentando a negociação. Então o governo errou pela demora, errou ao não nomear de imediato o interlocutor, as reivindicações vinham desde o início do ano”, assinalou o comunista.

De acordo com Rubens Júnior, o movimento paredista dos militares maranhenses deve servir de lição para o governo do Estado no sentido de que não custa nada dialogar, de que o importante é encontrar uma solução para os problemas. “Tudo poderia ter sido resolvido logo se o governo tivesse aceito o diálogo como foi proposto desde o início”, concluiu. (Com informações da Agencia Assembleia)

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