Dois fatos chamaram a atenção durante a sessão extraordinária que confirmou o veto temporário do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) ao Projeto de Lei nº 193/2012, que cria a Secretaria Municipal de Cultura. O veto foi mantido por 23 votos a seis.

Em certo momento da discussão acalorada travada pelos parlamentares quanto à definição da manutenção ou não do veto, o vereador Sebastião Albuquerque (DEM) pediu que o colega Marlon Garcia (PTdoB) não o ligasse mais para ele intermediar barganhas junto ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior.

“Não me ligue mais que eu não vou lhe atender”, afirmou Albuquerque, em resposta, depois de ser bulinado por Marlon sobre sua postura de ter votado a favor do veto que adiou para o próximo ano a criação da secretária de Cultura.

Garcia defendeu-se dizendo que ligou apenas para convidar Sebastião para uma reunião no sentido de discutir o projeto de veto à secretária de Cultura.

Outra cena lamentável foi a suposta tentativa de intimidação da vereadora Luciana Mendes ao vereador Manoel Rêgo, ambos do mesmo partido (PT do B). Uma testemunha presenciou Luciana, que é filha do deputado federal Lourival Mendes, ameaçando Manoel com um dedo em riste e dizendo que este era o seu último mandato.

Rêgo não recuou, foi firme em sua posição – mesmo sendo alertado por Luciana e Marlon Garcia de que no caso de desobediência, poderia ser configurada infidelidade partidária – e votou com o governo Edivaldo favorável à manutenção do veto. “Eu voto com a minha consciência de achar o que é mais coerente, o prefeito Edivaldo já firmou compromisso de no próximo ano termos a secretaria de Cultura, já que agora é impossível em razão o que determina a Lei de Responsabilidade, quando os gastos com despesa de pessoal não podem ultrapassar 54% da receita líquida do município. Além do amis, o São João e outras atividades culturais não deixarão de acontecer”, justificou Manoel.