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A mando de Sarney e do PMDB, João Alberto arquiva pedido de cassação de Aécio

A mando do ex-senador José Sarney e do PMDB, o presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), informou nesta sexta-feira (23) ter arquivado o pedido de cassação de Aécio Neves (PSDB-MG). “Decidi arquivar porque não achei elementos convincentes para processar o senador”, afirmou.

Em seguida, João Alberto acrescentou: “Me parece que fizeram uma grande armação contra o senador Aécio. Fizeram com que ele entrasse naquilo, inclusive, de acordo com a Polícia Federal. Eu não vejo motivo, não me convence, pedir cassação de um senador eleito por milhões de votos em função de uma armação feita com o senador”, declarou.

João Alberto é aliado do ex-senador José Sarney que, por sua vez, é amigo de Aécio Neves. Aécio mantém, ao longo dos anos, uma sólida amizade com Sarney. No aniversário do político maranhense, comemorado no dia 24 de março, Aécio fez questão de comparecer e tirar fotos ao lado do velho amigo. Sarney, inclusive, votou em Aécio para Presidente da República. Os dois cultivam um excelente relacionamento pessoal e político e, por isso, Sarney faz de tudo para livrar a cara do amigo tucano, a começar pedindo para João Alberto abafar o caso no Senado.

O Informante revelou com exclusividade na semana passada que um pacote nacional vem sendo costurado em Brasília para a salvação do mandado do senador Aécio Neves, e que envolve a Comissão de Ética do Senado, presidida por João Alberto, aliado de José Sarney. Além da costura nacional, para que o PSDB permaneça com Michel Temer, haveria uma tentativa de, no Maranhão, tirar o partido da base de apoio do Governo Flávio Dino e levá-lo para o grupo Sarney, em troca de todo esforço de João Alberto, na Comissão de Ética, para salvar Aécio Neves.

Mesmo com a decisão de João Alberto de arquivar o processo contra Aécio Neves, qualquer integrante do conselho pode recorrer ao plenário, em até dois dias úteis, desde que conte com o apoio de cinco parlamentares.

Há cerca de duas semanas, a colunista do G1 Andréia Sadi informou que, com o objetivo de manter o PSDB no governo, interlocutores do presidente Michel Temer sinalizaram aos tucanos que apoiarão um candidato do partido na eleição de 2018 e poderiam atuar no Conselho de Ética para salvar o mandato de Aécio.

O pedido de cassação do mandato do senador Aécio Neves foi protocolado pela Rede Sustentabilidade e pelo PSOL, com base na delação dos executivos da JBS. Na conversa, gravada no dia 24 de março deste ano e divulgada em 19 de maio, Aécio pediu R$ 2 milhões ao empresário para pagar advogados que fazem sua defesa nos inquéritos referentes à Operação Lava Jato.

Segundo o Ministério Público Federal, Aécio Neves agiu em conjunto com o presidente Michel Temer para barrar as investigações da Operação Lava Jato. Com base nas delações da JBS, o Ministério Público denunciou Aécio pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça.

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