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Lobão Filho é a continuação do grupo Sarney e não pode fugir disso

O pré-candidato a governador Edinho Lobão Filho (PMDB) não quer, de jeito nenhum, sua imagem associada à oligarquia Sarney. Outra prova disso ocorreu na terça-feira (29), quando ele esteve na cidade de Grajaú.

Ao ser questionado por um repórter do Jornal Grajaú de Fato se daria continuidade ao governo Roseana Sarney, Lobão Filho não gostou muito e desconversou, querendo desvincular de todas as maneiras seu nome do grupo Sarney.

Eu tenho dito desde o primeiro dia em que me lancei nesta jornada. Meu nome é Edison Lobão Filho e não Edison Sarney. A Família Sarney é fundamental dentro do estado. O Sarney tem um prestígio nacional e internacional. O governador que achar que consegue governar o Maranhão sem a ajuda do Sarney em Brasília, não está preparado para assumir esse cargo. Roseana foi governadora por quatro mandatos. No último mandato ganhou do Flávio Dino no primeiro turno, há três anos. É impossível alguém governar sem escutar a governadora, ver onde ela errou, acertou, não tentar errar onde o governo dela errou, para isso é preciso ouvir e não agredir, atacar, porque isso não constrói. Eu quero dizer algo para vocês, principalmente da imprensa: governar é algo que é feito com amor. São quase oito milhões de maranhenses e temos que governar com amor, pois com ódio você jamais irá governar”, respondeu Lobão Filho.

Quando o repórter foi perguntar se o Maranhão estava bem e pedir para que comentasse os indicies sociais vergonhosos do estado, Edinho se recusou a falar e deu por encerrado a entrevista.

A verdade é que Lobão Filho é o candidato da oligarquia Sarney, sim, apoiado por Roseana Sarney, José Sarney, Ricardo Murad, João Alberto e outras figuras históricas do clã. Todos eles estarão no palanque de Edinho.

A história política maranhense mostra qu a família Lobão sempre esteve junto do grupo Sarney. O ministro Edson Lobão (Minas e Energia), por exemplo, só está no cargo por indicação do senador José Sarney. Além deste, deve muitos outros favores a Sarney.

Não é novidade também que os Sarneys são símbolo de atraso, corrupção, incompetência (eles levaram o Maranhão ao fundo do poço, hoje somos os mais atrasados, miseráveis e ostentamos os piores indicadores sociais por conta do modelo fracassado de governar da oligarquia).

Pronunciar Sarney é motivo de rejeição e chacota em todo país. Não há grupo político mais detestado/estigmatizado do que o grupo Sarney. E esse fardo pesado Lobão Filho carregará na sua campanha, queira ou não.

As pesquisas contratadas por eles – e até pelo governo federal – apontam o descrédito e a ojeriza da população brasileira aos Sarneys. Ninguém quer ter a imagem vinculada à turma opressora que fez o Maranhão o estado menos desenvolvido da federação.

Edinho só não tem o sobrenome Sarney, verdade, mas ao longo de décadas a família Lobão e Sarney estão juntas. Elas se confundem. Jamais romperam. Edson Lobão, pai de Edinho, foi governador do Maranhão apoiado pelo Sarney. Também foi eleito a senador na chapa de Roseana.

Portanto, a candidatura de Lobão Filho nada mais é o retrato fiel da continuação dos interesses das duas famílias e, principalmente, do modelo que não deu certo de administrar da oligarquia.

O que causa estranheza é os próprios aliados sentirem vergonha de fazer parte do grupo Sarney. Todos querem se afastar, esnobam e não desejam de jeito nenhum atrair a cantiga sarneisista para si, sabem que o prejuízo é enorme.

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