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Livros são “esquecidos” no Fórum de São Luís para incentivar leitura

Jurisdicionado Antonio Marcos Silva achou um livro no Fórum de São Luís.

“A primeira ideia que me veio foi telefonar para a empresa onde trabalho e contar que ‘achei’ um livro. Essa inciativa da campanha é tão interessante e já havíamos pensado em fazer algo semelhante lá também. Começar o dia com um presente como este é gratificante e não tem preço”, comemorou o assistente de vendas, Antônio Marcos Silva de Oliveira. Ele chegou bem cedo nesta terça-feira (25), ao Fórum Des. Sarney Costa (Calhau) e, enquanto aguardava o horário da audiência, encontrou um livro “esquecido” sobre a poltrona. “Depois de ler, vou deixar em algum lugar por aí para que outras pessoas também possam ler”, contou.

Ao longo desta semana, muitas pessoas “esquecerão” livros em diferentes espaços do Fórum Des. Sarney Costa para que outras pessoas encontrem, leiam e depois “abandonem” em outros locais (bancos de praças, paradas de ônibus, mesas de restaurantes e demais espaços de uso coletivo). A inciativa integra a campanha nacional “Esqueça um livro e espalhe conhecimento”, que começou em todo o Brasil, nesta terça-feira, 25 de julho, e no Fórum de São Luís é promovida pela Biblioteca Des. Juvenil Amorim Ewerton.

A chefe da Biblioteca do Fórum, Lindamira Leite da Silva, explica que o objetivo é estimular as pessoas a deixarem, em locais públicos, livros que já tenham lido, para que outras possam ler e, assim, compartilhar conhecimento. Para a bibliotecária do fórum, Rita Barroso, além de incentivar a prática da leitura, a inciativa também possibilita o acesso ao livro físico. “Folhear um livro, ler em qualquer lugar e a qualquer hora é uma experiência que a tecnologia da internet não consegue substituir”, afirmou.

O assistente de vendas Antônio Marcos Silva, que encontrou o título “O Sentido da Vida”, do escritor Xavier Guix, contou que pensou em entregar a obra no setor responsável por documentos perdidos no fórum, para que o dono pudesse pegar de volta. “Ao folhear, vi que era um presente deixado por alguém propositadamente, com um bilhete dizendo ‘você achou este livro! Agora ele é seu’, recomendando que façamos a mesma coisa”, acrescentou.

Antônio Marcos Silva disse que costuma ler todos os dias, sempre à noite, depois que chega do trabalho. “Leio muitos textos publicados na internet, troco informações sobre leitura com grupos de amigos nas redes sociais e recebo sugestões sobre títulos. Mas nada substitui o livro físico. Sempre que posso, pego emprestado ou compro”, garante. Ele afirmou que já começou a estimular a filha Larah, de 5 anos, a ter gosto pela leitura.

A campanha no Fórum de São Luís vai até esta quinta-feira (27), mas depois dessa data, explica Rita Barroso, as pessoas poderão continuar “esquecendo” livros nos espaços do fórum. Para incentivar a participação de magistrados e servidores, a biblioteca distribuiu marcadores de livros em todas as unidades administrativas e judicais. Os marcadores trazem um bilhete e devem ser deixados dentro da obra “abandonada”, explicando o objetivo da campanha.

Idealizador – esta é a quarta edição da campanha, que acontece duas vezes por ano, nos meses de janeiro e julho. O criador da ideia foi o paulista Felipe Brandão. Vendo a estante de sua casa cheia de títulos que ele já havia lido, ao invés de criar um outro móvel para receber novas obras, optou pelo desapego, “abandonando” os livros pela cidade.

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