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Lava Jato: Estratégias do grupo Sarney não funcionam

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Desde que a Procuradoria Geral da República (PGR) anunciou os nomes de Roseana Sarney e Edson Lobão no centro do esquema de corrupção  descoberto pela Operação Lava Jato, a reações dos líderes do grupo Sarney tem sido desencontradas.

A ex-governadora Roseana Sarney emitiu nota dizendo-se perplexa e dando a entender que não esperava a inclusão de seu nome na lista divulgada pela PGR. No entanto, desde janeiro, Roseana contratou o advogado Luís Carlos Kakay, especialista em defender políticos de acusações de corrupção (Leia Aqui). A nota emitida pela ex-governadora foi motivo de piada nas redes sociais.

Em outra linha de tentativa de defesa, o Jornal do Grupo Sarney divulgou neste sábado, a suposição de que os nomes de Roseana e Sarney foram parar na lista do Procurador Geral da República porque o irmão do governador Flávio Dino, Nicolau, seria amigo do Procurador Rodrigo Janot. Outra vez, o argumento caiu em descrédito logo após a divulgação.

Neste domingo (08), o grupo Sarney decidiu mudar novamente de estratégia e seguir a mesma linha adotada pelo PMDB nacional.

Assim como o presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-senador José Sarney resolveu responsabilizar Rodrigo Janot pela inclusão do nome de Roseana e Lobão na Lista da Lava Jato. O PMDB de Sarney também insinua que o núcleo duro da presidência da República teria agido para incluir as lideranças do partido na lista da Lava Jato.

Em sua coluna no Jornal O Estado do Maranhão Sarney diz que Janot usou o Ministério Público para faze promoção pessoal: “Janot fez uma escolha e usou a instituição Ministério Público para sua atuação, nessa escolha de a quem denuncia ou não, atarefado com sua própria eleição nestes dias”, escreveu o ex-senador e ex-presidente da República.

A estratégia é a última tentativa pública de livrar Roseana Sarney e Edison Lobão do imenso desgaste público. O problema é que a cada minuto vem à tona os detalhes da participação dos dois no maior esquema de corrupção já denunciado no país.

Edison Lobão é acusado também de ter recebido cerca de R$ 10 milhões de propina da empresa Camargo Corrêa. À época, Lobão era ministro das Minas e Energia do governo de Dilma Rousseff. O nome do então ministro já havia sido citado nas delações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Youssef dizia na carceragem da PF em Curitiba que Lobão era o “chefe” do esquema de desvios na Petrobras.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, em delação premiada, que em 2010 mandou entregar R$ 2 milhões em espécie para a campanha à reeleição da governadora do Maranhão Roseana Sarney, a pedido do então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. De acordo com Paulo Roberto, ele se reuniu pessoalmente com Lobão, que teria lhe feito o pedido.

Paulo Roberto afirmou que o pagamento foi encaminhado ao doleiro Alberto Youssef, Youssef, que estava em São Luís (MA) cuidando do pagamento de propina quando foi preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, em 17 de março de 2014. Ele declarou que se encontrou várias vezes com Roseana, seja no Palácio dos Leões, sede do governo do Maranhão, ou na casa da própria Roseana. (Com informações do site Maranhão da Gente)

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