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Juscelino Filho, Lupi e Daniela Carneiro os únicos ministros que não tiveram agenda a portas fechadas com Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou a receber informações sobre a repercussão nas redes sociais de atos do governo em reuniões diárias no Palácio do Planalto. Em seu primeiro mês e meio no governo, Lula também tem priorizado agendas com ministros palacianos, com parlamentares petistas e eventos com militantes e movimentos sociais.

Lula tem iniciado os dias de trabalho em seu terceiro mandato com reuniões com os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Secretaria Especial de Comunicação Social).

Nesses encontros, os auxiliares atualizam o petista sobre os principais movimentos políticos e a repercussão de atos do governo na imprensa. Pimenta também aproveita o momento para apresentar ao mandatário um relatório sobre como determinadas ações da administração são vistas nas redes sociais.

Os briefings diários com Padilha e Pimenta costumam ocorrer no Palácio do Planalto às 9h, com duração de uma ou duas horas. Ambos ministros são os que mais se encontraram com Lula, de acordo com a agenda oficial.

De acordo com auxiliares, esses encontros também são importantes para afinar o discurso do mandatário, uma vez que os ministros apontam o que deve ganhar relevância no debate público.

Outro ministro que tem grande participação na agenda de Lula é o chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT). Ele aparece em dez reuniões com Lula. Assessores destacam, no entanto, que Lula conversa com o ex-governador da Bahia em diversos momentos ao longo do dia, por telefone e em encontros não agendados.

O PT também domina as reuniões oficiais de Lula com parlamentares.

Dentre os congressistas que conseguem um espaço na agenda do chefe do Executivo, a expressiva maioria é do PT: a deputada e presidente do partido Gleisi Hoffmann (PR); e os deputados Rui Falcão (SP) e Carlos Zarattini (SP), por exemplo.

Lula se encontrou com lideranças dos partidos da base na reunião do Conselho Político de Coalizão, quando estiveram presentes representantes de 14 siglas. Além do próprio PT, PSB, MDB, União Brasil, PDT, Patriota, Solidariedade, PSD, PV, Cidadania, PSOL, Podemos, PC do B, Avante e Rede.

Entre os ministros, também são os petistas os que mais vezes foram recebidos por Lula. Dos 37 titulares de pasta, 25 figuram em encontros fechados com o presidente na sua agenda pública —privilégio que todos os petistas na Esplanada tiveram.

Depois de Padilha, Pimenta e Rui Costa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é o quarto mais recebido por Lula. Teve até o momento sete reuniões com o mandatário —só nesta última semana, foram três.

De acordo com auxiliares palacianos, as agendas trataram de salário mínimo, mudança no Imposto de Renda, meta de inflação e Bolsa Família.

O novo programa social deve ser anunciado após o Carnaval, como o próprio Lula disse recentemente. O programa social terá, além do pagamento mínimo de R$ 600 por família, um adicional de R$ 150 por criança até seis anos, uma promessa de campanha.

Os recentes encontros com o ministro da Fazenda também ocorreram na esteira de uma crise do chefe do Executivo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Dentre os ministros que não tiveram agenda a portas fechadas com Lula desde o início do governo, estão o da Previdência, Carlos Lupi (PDT), o das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), e a do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil).

Daniela e Juscelino estiveram envolvidos nas primeiras polêmicas envolvendo o primeiro escalão de Lula.

Como mostrou a Folha, ao menos R$ 42 milhões indicados por Juscelino irrigaram contratos com empreiteiras que estão no centro de suspeitas de irregularidades em obras da estatal federal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). Já Daniela foi apontada como tendo laços com a milícia na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. As informações são da Folha de São Paulo

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