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José Reinaldo desmonta tese de Sarney de que Maranhão está uma maravilha

O ex-governador José Reinaldo Tavares manifestou-se sobre a declaração do senador José Sarney, que em artigo publicado no jornal O Estado do Maranhão deste domingo e republicado no blog do jornalista Gilberto Léda (veja aqui) afirmou que “tomou ares de verdade a maior mentira estatística do Brasil: de que o Maranhão é o último estado da Federação”.

Para o pai de Roseana Sarney, que está no seu quarto mandato de governadora, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é um índice contestado. Nas suas linhas mal traçadas, Sarney desqualifica institutos como o IBGE, IPEA, PNAD, Fundação Getúlio Vargas que apontam o Maranhão como o pior estado em termos de desenvolvimento social.

Veja que, pela lógica (quem vive no Maranhão sabe a triste realidade de miséria e atraso que habita aqui há décadas) José Reinaldo coloca os argumentos de Sarney por terra. A íntegra do artigo de ZR será publicado na edição desta terça-feira do Jornal Pequeno.

Zé Reinaldo desmonta Sarney

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“(…) Enquanto isso, o senador José Sarney tenta encontrar um Maranhão rico e satisfeito em seus artigos. Parece desconhecer a realidade do povo do seu estado. Ele tenta convencer as pessoas de que os cruéis indicadores sociais do estado divulgados pelo IBGE, IPEA, PNAD, IDH e todos os outros são invenções da oposição do Maranhão. Parece incrível que um homem que foi até presidente da República pense assim e tente reduzir tudo a política partidária. Nunca quis encarar a realidade e, com seu imenso poder, tentar mudá-la. Mesmo quando foi o mandatário maior do país.

O outdoor a que se refere obsessivamente foi apenas uma reação salvadora para chamar a atenção dos senadores para o escândalo que acontecia no senado presidido por ele, que prendia havia três anos a aprovação de um empréstimo do Banco Mundial ao meu governo para exatamente, pasmem, combate à pobreza. E funcionou, graças a Deus, pois conseguimos a aprovação, mesmo sob os protestos dele e de Roseana Sarney, votos vencidos nesse dia memorável.

Não haver em nenhum momento reconhecido os grandes, imensos problemas do estado, os verdadeiros, impediram a solução. Força foi algo que sempre teve.

Não será um PIB, algo que na verdade está aquém das nossas possibilidades (mas que é o dado que se agarra para tentar justificar que o estado é rico e desenvolvido) que vai mudar a nossa realidade. Ele é fruto da presença aqui da Alcoa, da Vale, da mineradora de ouro Aurizona, que quase nada deixam aqui, mas que aumentam o indicador. Não é isso que vai resolver nossa situação.

Mas o povo sabe muito bem quais são seus problemas. E quer mudança!”

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