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Jefferson Portela rebate acusações de Edilázio Jr: “Não brinco com ladroada”

Em entrevista à radio Mirante AM, o secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela, respondeu às acusações do deputado federal Edilázio Júnior (PSD), que na última quarta-feira (27) usou a tribuna da Câmara para explorar um depoimento do ex-delegado e agora preso Thiago Pardal contra o titular da SSP.

Bardal foi preso em novembro de 2018 por envolvimento com quadrilha de assaltos a bancos. Em audiência judicial no dia 12 de março de 2019, Bardal afirmou, sem apresentar indícios ou provas, que Jefferson Portela teria determinado investigação contra quatro desembargadores.

Para Jefferson Portela, Edilázio Júnior usa a “inverdade de um criminoso” para atingi-lo e para atacar o governo Flávio Dino. “Não brinco com ladroada”, disse o secretário durante a entrevista.

“Se ele tem querela política com o governo, que vá pra disputa política. Eu não sou deputado, sou secretário de Segurança, delegado de polícia. Não me envolva em querela política. Eu sou profissional de Segurança Pública e cumpro meu dever para cumprir a lei e [faço] isso é às claras”, disparou Jefferson Portela.

“Traidor do Sistema de Segurança”

O secretário citou o histórico de Bardal, a quem chamou de “traidor do Sistema de Segurança Pública”. Segundo o secretário, Bardal “vendeu sua alma para o crime” quando passou a receber mensalmente R$ 100 mil da quadrilha do assaltante de bancos Adriano Brandão, morto no ano passado em confronto com a polícia do Pará.

Portela repudiou a postura de Edilázio. Para ele, uma “autoridade pública” repercutir o depoimento de um preso de Justiça e pedir investigação com base em um depoimento falso é “inaceitável”.

“O fato de ele [Thiago Bardal] ter dito [algo] para um juiz, não quer dizer que ele disse a verdade. Antes de ele [Edilázio] dizer que tem que investigar o que um criminoso disse, como se eu tivesse feito, ele deveria saber o que acontece e o que não acontece”, pontuou Jefferson Portela.

Com base nos processos judiciais, Jefferson Portela disse que o próprio Thiago Bardal assinou representação contra os desembargadores no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo o secretário, este seria um ponto contraditório no depoimento de Bardal.

“Ele [Bardal] se confundiu tanto que disse que não cumpriu minha ordem para representar contra o desembargador. Ora, se ele deu entrada no CNJ, do punho dele, da lavra dele, como é que agora deixou de cumprir ordem pra não fazer isso?”, questionou Portela.

“Policial por convicção”

Jefferson Portela considera que Edilázio agiu “covardemente” e com “desrespeito” à sua longa carreira como policial.

“Eu sou um profissional de Segurança há mais de 20 anos no Maranhão, a sociedade me conhece, não gosto de bandido, seja ele de que lado for. Não brinco com bandido nenhum, se vier bandido de governo ou de oposição cometer crime, eu abro a investigação criminal, não brinco com ladroada, porque crime não tem lado”, destacou.

Portela disse ainda que seu “coração é de policial” e que está preparado para o confronto para lidar com “bandidos”.

“Não tem esse negócio comigo de abrir para bandido, não existe isso. Pra bandido aqui nós vamos é para o confronto, vamos é pra cima, vamos para investigação criminal”, completou.

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