Por WELLINGTON RABELLO (JP)

O mês de janeiro chegou ao fim com o registro de 100 assassinatos, na região metropolitana de São Luís. Segundo informações contidas no site da Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram 86 homicídios dolosos, dois latrocínios (roubos seguidos de morte), duas lesões corporais seguidas de morte (quando a vítima morre no hospital), três pessoas mortas em unidades prisionais, seis pessoas mortas durante intervenção policial e uma morte anotada como acidental (o caso do garoto que morreu atingido com um tiro no rosto, em uma escola no Conjunto Paranã).

Dos 100 assassinatos ocorridos em janeiro, 81 foram cometidos com uso de arma de fogo, 15 com uso de arma branca e quatro por outros meios (quando as vítimas são mortas com uso de paus, pedras, por espancamento ou queimadas, como foi o caso da menina Ana Clara Carvalho, vítima dos incêndios a ônibus, no dia 3).

Cinco mulheres foram mortas, de acordo com o site da SSP, com destaque para a morte de Liliane Silva Vilas Boas, de 26 anos, atingida com vários tiros em uma operação da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), no Bairro de Fátima. O objetivo dos policiais, conforme informações da Polícia Civil, era prender o marido de Liliane, Márcio de Jesus Mendes, 34, conhecido como ‘Márcio Patrão’ ou ‘Márcio Carga Torta’. Outra vítima do sexo feminino, também morta a tiros, foi a empregada doméstica Dedilene Lisboa Silva, 30, assassinada no Bairro do Olho d’Água, supostamente vítima de um latrocínio; mas que, após investigações da Delegacia de Homicídios, foi comprovada ter sido um assassinato por encomenda, tendo como mandante a atual namorada do ex-marido de Dedilene, Clarinda Silva de Sousa, 31, motivada por ciúmes.

Ainda entre as vítimas de janeiro estão três presidiários, tendo dois sido mortos no segundo dia do mês, Josinaldo Pereira Lindoso e Sildener Pinheiro Martins. E, também, nove adolescentes – três mortos durante troca de tiros com policiais militares.

Duas crianças foram mortas no mês de janeiro. A menina Ana Clara Carvalho, de 6 anos, que estava no ônibus incendiado na Vila Sarney Filho, no dia 3; e Mateus Rodrigues Costa, 11, atingido com um tiro na boca, no interior de uma escola no Paranã – Paço do Lumiar, em circunstâncias ainda não esclarecidas pela Polícia Civil.