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Impérios cruéis e ruínas inevitáveis! (1)

Othelino FIlho

OTHELINO FILHO (*)

Não se pretende, por hipótese alguma, estabelecer paralelos de quaisquer natureza em relação à cultura, à ética, a interesses militares legítimos ou não, a princípios filosóficos, ideológicos, doutrinários, éticos, religiosos etc., nos respectivos tempos vivenciados, entre alguns episódios e eventuais personagens aqui relembrados de passagem, à luz, inclusive, de pesquisas, que, de forma construtiva e/ou destrutiva, teriam feito parte da história universal. Enfatiza-se o ocidente e, de modo particular o Brasil e o Maranhão.

Somente um elo revela identificação de motivações na essência dos projetos, variadas, sobretudo, pelo grau da dimensão e dos métodos praticados: a obstinação pela conquista e manutenção do poder, da riqueza e das imensuráveis regalias usufruídas, a qualquer custo, mesmo os mais atrozes e hediondos.

Tratam-se, pois, de reis, imperadores, nobres de um modo geral, aristocratas, ditadores e os indefectíveis oligarcas (que cultivam, com ardor, suposta infalibilidade), invariavelmente encastelados em fortalezas inexpugnáveis, abarrotadas de vassalos armados em prontidão de guerras e outros serviçais adestrados e atentos. Mesmo assim amargam a ruína, às vezes, em proporção comparável às barbaridades cometidas.

NERO, O INSANO

Um dos mais emblemáticos foi Nero, imperador romano nos anos de 54 a 68 da era cristã. Até hoje, é uma das figuras históricas mais polêmicas de todos os tempos. Teria nascido na cidade de Anzio (na atual Itália), em 15 de dezembro de 37, vivendo 31 anos.

Para alguns historiadores, o que mais teria marcado a história de Nero foi o caso do incêndio que destruiu parte da cidade de Roma, no ano de 64.

De acordo com alguns estudiosos, não é certa a sua responsabilidade pelo incidente. Os que o apontam como culpado baseiam-se nos relatos de Tácito. Este afirma que havia rumores de que Nero ficou cantando e tocando lira enquanto a cidade queimava.

Tem-se como irrefutável que Nero culpou e ordenou perseguição aos cristãos, acusados por ele de serem os responsáveis pelo incêndio. Muitos foram capturados e jogados no Coliseu para o banquete das feras. Em 59, teria chegado ao cúmulo da insanidade: ordenou o assassinato de sua mãe Agripina.

Conforme os historiadores que serviram de fonte par esse trabalho, Nero se suicidou em Roma, no dia 6 de junho de 68, colocando fim à dinastia Julio-Claudiana.

Frases de Nero antes de morrer:

– “Que grande artista morre comigo!”

– “Finalmente posso viver como um ser humano.”

A FASE DO TERROR NA FRANÇA DO SÉCULO XVIII

A sociedade francesa do século XV111 era estratificada e hierarquizada, No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família (condes, duques, marqueses e outros escolhidos que viviam de mordomias e muito luxo.

A base da sociedade era composta pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e a burguesia, que sustentavam a coroa com o trabalho e o pagamento de impostos. A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, determinada pela exploração vil.

A REVOLUÇÃO FRANCESA

A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha, em 14.07.1789, marcou o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa. Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França. A família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa, Maria Antonieta, foram

guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução. No mês de agosto de 1789, A Assembleia Nacional Constituinte cancelou todos os diretos feudais e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

A burguesia no poder

Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assume o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.

A Rússia dos czares

A denominação czar, o modo como ficaram conhecidos os imperadores que governaram a Rússia até o início do século XX, é uma homenagem a César, imperador romano. Dinastia Romanov governou a Rússia do século XVII até a Revolução de 1917. A Revolução Russa foi um período de conflitos, iniciados em 1917, que derrubou a autocracia russa e levou ao poder o Partido Bolchevique, de Vladimir Lênin.

O fim do czarismo

A revolução que acabou com o regime dos czares e culminou na criação da União Soviética, a primeira potência socialista do mundo. Foi a revolução onde pela primeira vez o povo chegou ao poder e lá permaneceu por muito tempo, após derrubar o czar e o governo burguês dos mencheviques. O povo implantou a chamada ditadura do proletariado, ou ditadura dos operários. Esse governo do povo foi chamado de governo soviético (palavra que tem origem no nome sovietes, que eram grupos de trabalhadores que se reuniam para deliberar sobre algum assunto de seu interesse). É por isso que a Rússia passou a se chamar URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. As causas são as de sempre: o povo passando fome, miséria, exploração etc. Situação política do país: era uma monarquia tirânica (tzarista), sem liberdades políticas, de imprensa e expressão. A Rússia era quase feudal, com imensos latifúndios nas mãos dos nobres.

A situação de fome e miséria do povo chegou a tal ponto que eles resolveram agir, protestando na frente do palácio. O tzar mandou abrir fogo. Foi uma matança geral. Após esse episódio, aliado ao fato da derrota russa na guerra russo-japonesa, os opositores passaram a conspirar pelo fim do regime tzarista. A oposição se concentrava no partido social democrata, que estava dividido em mencheviques e bolcheviques. Os mencheviques eram burgueses e queriam chegar ao poder mas não queriam melhorias de vida para os mais pobres. Já os bolcheviques queriam ampla inclusão social, fim dos latifúndios, da miséria, exploração.

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