Por Jotônio Vianna

É próprio da política o exercício da especulação, mas a que se refere sobre a suposta saída do presidente da Assembleia, Humberto Coutinho, do PDT é no mínimo uma conjectura apressada. É que HC tem um tempo enorme pela frente até decidir em qual partido disputará uma cadeira no Senado, lá para o ano 2018.

Trocar de galho partidário agora, assim, seria algo absolutamente dispensável no momento em que se discutem apenas as eleições municipais. Afora que, nos bastidores, se sabe que Coutinho poderia até mudar de partido, mas desde que chegasse à sua mão uma agremiação expressiva, exclusiva e sob seu total controle no Maranhão. Por enquanto, até para não atrair problemas desnecessários, o PDT serve à rotina política do presidente do Parlamento estadual, embora à frente do brizolismo na região esteja a figura onipresente e midiática do deputado Weverton Rocha… Quer dizer, nada na conjuntura atual justificaria um eventual açodamento de Humberto Coutinho atrás de um partido no qual se sentisse confortável o suficiente para disputar uma das duas vagas de senador do Maranhão ainda no distante horizonte de 2018.

Não bastasse isso, a sanção da Lei 13.165/2015, pela presidente Dilma Roussef (PT), na noite de terça-feira passada, estica agora para seis meses o prazo para troca de siglas visando o pleito de 2016. O prazo anterior era até amanhã, sexta-feira… A data limite das coligações partidárias passa, portanto, para o período de 20 de julho a 5 de agosto.