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Governo Roseana Sarney gastará R$ 16 milhões em transporte aéreo

Em 2012, somente a Casa Civil do Estado do Maranhão gastou R$ 9 milhões em aluguel de aeronaves e helicópteros, mais do que as secretarias de Saúde e segurança Pública, por exemplo, que receberam R$ 6 milhões e R$ 2 milhões, respectivamente, para transporte aéreo. Na manhã desta quarta-feira (6), o líder da oposição Rubens Jr. (PC do B) usou a tribuna para contestar os valores exorbitantes gastos com táxi aéreo pelo governo Roseana Sarney.

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Governo Roseana vai para o espaço

A denúncia de que o governo gastou mais em aluguel de aeronaves do que no investimento do transporte aéreo para a segurança pública e saúde incomodou a bancada governista, que, durante o discurso do líder Rubens Pereira Jr, pediu aparte e tentou defender o governo. “O que todos queremos saber é por qual motivo o governo investe tão alto em aluguel de aeronaves e não dá a mesma atenção para a agricultura e geração de emprego”, retrucou Rubens.

Em 2013 esse valor quase dobrou. O aluguel de frete aéreo só para a Casa Civil, este ano, comandada por João Abreu, chega a mais de R$ 16 milhões, o que gera grande preocupação para os parlamentares da oposição. “Agora consigo entender por que as estradas do Maranhão estão ruins. A governadora e seus secretários só andam nas alturas, não conhecem as estradas do Estado”, afirmou o deputado Marcelo Tavares.

Nos últimos três anos, o orçamento da Casa Civil aumentou em média 230%. A desigualdade na distribuição dos recursos públicos é o principal motivo pelo qual o deputado comunista trouxe o tema para o debate na Assembleia. “Nós questionamos os números. Como é que um Estado tão pobre como o nosso gasta R$ 16 milhões em aluguel de transporte aéreo enquanto pouco, ou quase nada, é feito com a educação, saúde, rodovias e segurança?”, concluiu Rubens Jr.

Desemprego

“O governo maranhense contrata aeronaves a peso de ouro, R$ 16 milhões, e – vivendo as suas contradições mais explicitas – não tem dinheiro para a escola, não tem dinheiro para a educação, mas tem dinheiro para contratar aeronaves a peso de ouro”. O deputado estadual Bira do Pindaré (PT) também protestou contra a inversão de prioridades mais uma vez feita pelo governo do Estado.

foto 2As indagações feitas por Bira se dão pelas contradições do governo, pois, ao ponto que prometem 200 mil empregos e, em quatro anos de mandato, não cumprem, faz empréstimos sem justificativas relevantes e não mencionam sobre regularização fundiária ou sobre qualquer investimento na agricultura.

“Os dados do CAGED revelam que o Maranhão está gerando menos empregos. Não há emprego na indústria, não há expansão na agricultura, que é a maior potência do nosso Estado. É nessa hora que temos a prova que os 200 mil empregos prometidos não são uma realidade no Estado do Maranhão. Quando a gente liga a televisão e ouve a governadora, quando a gente lê o Estado do Maranhão, está lá o senador José Sarney, dizendo que o Maranhão está bombando, que é o grande salto do desenvolvimento e etc… A verdade é que o Maranhão está crescendo, mas como rabo de cavalo, para baixo”, informou o parlamentar.

Para Bira, a realidade é que o Maranhão vive uma situação decadente, problemática, gravíssima e o governo ignora, tentando enganar a população com promessas vazias que há 50 anos é a mesma e não se resolve. O deputado concluiu o discurso reafirmando as criticas ao empréstimo escandaloso, aprovado pela Assembleia Legislativa para o governo do Estado.

“O empréstimo que acabou de ser autorizado por esta Casa, de R$ 1,5 bilhões, demonstra que é um discurso falacioso. Porque o governo disse que o empréstimo era para fazer uma economia e, no entanto, está aí, o deputado Rubens traz um dado para nós, R$ 16 milhões só com contrato de aeronave em detrimento a outras políticas muito mais importantes. Portanto, o discurso da economia em relação ao empréstimo é um discurso falacioso, porque, se fosse para economizar, o governo reduziria um contrato desse e priorizaria outras políticas muito mais importantes do que ficar transportando não sei nem quem”, afirmou.

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