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Governistas veem dedo de Lira em convocação de Dino na CPMI

A base governista na CPMI do 8 de Janeiro vê interferência do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), no conjunto de indicações do presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA). O movimento gerou o primeiro embate entre a relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), e Maia.

Nesta terça-feira(6), Arthur Maia apresentou um conjunto de cinco convocações e um convite, sendo este convite justamente para o ministro da Justiça de Lula, Flávio Dino.

Governistas enxergam este gesto como uma mensagem para Dino, após a ação da Polícia Federal contra um assessor de Lira.

Eles pressionam pela votação do conjunto de 50 requerimentos apresentado pela relatora. Dino também está na lista, a diferença é que diluído entre mais nomes a oitava do ministro demoraria mais a acontecer.

O ministro Flávio Dino confirmou nesta terça-feira que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), procurou o governo para discutir uma ação da PF que atingiu seus aliados.

Deflagrada na semana passada, a Operação Hefesto mira um grupo suspeito de fraude em licitações bancadas com recursos do FNDE para a compra de kits de robótica em Alagoas. Um ex-assessor de Lira, Luciano Cavalcante, está entre os investigados. Cavalcante pediu exoneração da liderança do PP na Câmara nesta semana.

“[Lira] indagou pelo fato de haver pessoas próximas a ele. Aliados, ou assessores, enfim”, disse Dino à Globo News.

Flávio Dino afirmou que foi avisado da operação da Polícia Federal que mirou aliados do Progressistas e do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) quando ela já estava ocorrendo.

Diante do cenário de dificuldade na articulação política do governo no Congresso Nacional, Dino foi questionado sobre uma possível motivação política, o que negou:

“Não se trata de avisar o presidente da República a não ser que tenha uma circunstância. Nós já tínhamos marcado uma reunião e comentei na ocasião. Não cabe a mim nem ao presidente autorizar. Acho esquisito alguém imaginar que eu tenha algum contato com o ministro André Mendonça, são processos que já existem e algum momento andam. Não houve nenhum tipo de orientação política para que as ações envolvendo Arthur Lira andassem mais rápido ou mais devagar”, declarou.

Em seguida, o ministro afirmou que a Polícia Federal tem autonomia total para agir: “Eu apenas digo prioridades. Como, por exemplo, Amazônia e crimes ambientais, mas não digo onde a droga será apreendida. Há uma orientação de prioridades no nível nacional, mas não há direcionamento enquanto ao mérito das investigações”, explicou Dino.

Sobre a CPI do dia 8 de janeiro, o ministro não teme ser convocado para depor na comissão. Flávio Dino reiterou que os ataques que culminaram na depredação do patrimônio público foi realizado por terroristas da extrema-direita:

“Eu já fui seis vezes ao Congresso Nacional, inclusive para prestar contas sobre 8 de janeiro. Em algum momento poderei ir à CPI? Claro que sim. Até para banir a levianidade. Nós fomos vítimas do 8 de janeiro, fomos atacados, foram atos de terrorismo. Agora vem exatamente os terroristas e os seus amigos inventando uma teoria”, disse. Com informações de O Globo e Antagonista

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