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Governadores de 12 Estados não elegem seus prefeitos nas capitais

Governadores de 12 Estados não elegem seus prefeitos nas capitaisFamília Sarney não conseguiu eleger prefeito em São Luís (MA); em Curitiba (PR), aliado do PSDB perdeu

Luciana Nunes Leal, de O Estado de S. Paulo

RIO – Doze governadores não conseguiram eleger ou levar seus candidatos para o segundo turno nas capitais. Entre eles, o Beto Richa (PSDB), do Paraná, foi quem sofreu a derrota mais surpreendente. Apoiado por Richa, Luciano Ducci (PSB) foi o único prefeito de capital não reeleito no primeiro turno. O governador reconhece que o resultado na capital deixou os adversários “alvoroçados”. “Foi uma injeção de ânimo para eles”, diz.

Richa agora faz campanha em quatro cidades (Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel) e anunciou neutralidade na disputa entre o ex-tucano Gustavo Fruet (PDT) e Ratinho Junior (PSC) pela prefeitura de Curitiba.

Insatisfeito no PSDB, o ex-deputado Fruet, um dos maiores críticos do PT e do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a CPI que investigou o mensalão, entrou para a base da presidente Dilma Rousseff e chegou ao segundo turno em aliança com os petistas, patrocinada pelo casal de ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Comunicações).

“Em Curitiba, fomos pegos de surpresa na apuração. O prefeito fez um bom mandato, mas não se traduziu em votos. Aqui no Paraná o eleitor esteve mais focado nos candidatos do que nos padrinhos políticos. Em cidades menores, o deputado, o governador têm bastante peso, mas não na capital”, analisa Richa.

O governador não poupa o ex-companheiro Fruet. “Vi com muita estranheza, depois de tantos ataques ao PT e ao Lula, o Gustavo abraçado com os petistas. Temo que a candidatura dele seja um cavalo de Troia. Se ele for eleito, haverá um desembarque de petistas na prefeitura”, diz o governador.

Embora elogie a campanha de Ratinho, pelo “extraordinário desempenho com méritos próprios”, o governador tucano reconhece que o mais provável é que dispute a reeleição em 2014 com um adversário no comando da capital. “Seria muito melhor que o prefeito da capital fosse um aliado. Mas tenho um reduto forte em Curitiba, fui reeleito (prefeito) em 2008 com 77% dos votos”, diz Richa, ressaltando que ainda nem sabe se disputará a reeleição.

Nordeste. Em Sergipe, o governador Marcelo Déda (PT), afastado do governo nas duas últimas semanas da campanha para tratamento de saúde, participou ativamente da montagem da aliança do PT e do PMDB em torno da candidatura de Valadares Filho (PSB) à prefeitura de Aracaju, mas viu um adversário histórico, o ex-governador João Alves (DEM), eleito no primeiro turno.

No Maranhão, foi mantida a tradição de a família Sarney não eleger o prefeito da capital. A disputa no segundo turno ficará entre o atual prefeito, João Castelo (PSDB), e Edivaldo Holanda Junior (PTC). A governadora Roseana Sarney apoiou o candidato do PT, o vice-governador Washington Oliveira e anunciou neutralidade no segundo turno.

Em Porto Alegre, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), fez campanha para o companheiro de partido Adão Villaverde, que ficou em terceiro lugar, com 9,6% dos votos. O prefeito José Fortunati (PDT) foi reeleito no primeiro turno com 65,2%.

Os governadores do PSB Renato Casagrande (Espírito Santo), Wilson Martins (Piauí), Ricardo Coutinho (Paraíba) e Camilo Capiberibe (Amapá) também não elegeram seus candidatos, além dos tucanos Marconi Perillo (Goiás) e Siqueira Campos (Tocantins), e da democrata Rosalba Ciarlini (Rio Grande do Norte).

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