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A volta do “Bolsa Eleição”‏

Os deputados da base governista aprovaram na manhã desta terça-feira (04), a volta do Conselho de Gestão Estratégica de Políticas Públicas do Governo do Estado, apelidado pelos deputados de oposição como “Conselhão”.

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No mês de julho de 2013, os deputados de oposição denunciaram o uso do conselho para beneficiar aliados políticos da governadora derrotados em eleições de 2010, que ficou popularmente conhecido como “Bolsa Eleição”. No total, 206 aliados tornaram-se membros do conselho e receberiam mensalmente o valor de R$ 5.850 a título de jeton, sem desconto para imposto de renda, para participar de uma única reunião.

“Após muita pressão por parte dos deputados de oposição com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil, que recebeu representação assinada por todos os deputados da oposição, divulgação da mídia local e nacional e da pressão popular durante as manifestações a governadora resolveu extinguir o Conselhão no dia 5 de julho de 2013″, lembrou o líder da oposição na Assembleia.

O Conselho de Gestão Estratégica do Governo do Estado, chamado de “Bolsa Eleição, segundo a oposição é uma espécie de mensalão pago com dinheiro público a cabos eleitorais e aliados do grupo Sarney, entre ex-prefeitos e parentes de políticos da base da oligarquia. Cada reunião do Conselho custa R$ 1,2 milhão ao erário público. Anualmente o desperdício é de R$ 14.461.200,00 milhões.

“Consiste em reativar o conselhão. Peço que os deputados votem contra a volta deste absurdo, evitando assim mais desperdício do dinheiro público. A Medida Provisória nº 153 em votação faz justamente isto, recria o Conselhão que estava extinto, é a volta dos que não foram. Ou a governadora mantém a decisão dela feita durante o período das manifestações ou vai mostrar que pouco se importa com aquilo que ela ouviu das ruas.Voltar agora e recriar o Conselhão é cair em contradição, em descrédito, ignorando a população e que, portanto, não é o razoável para este momento”, alertaram os parlamentares oposicionistas.

Apesar do apelo da oposição e do voto contrário de seis deputados oposicionistas, a medida provisória foi aprovada pela maioria governista. O novo órgão conta com 26 integrantes, escolhidos pela governadora Roseana Sarney (PMDB), que receberão R$ 5.850 por mês para participarem de um reunião de aconselhamento a cada 30 dias. O “Conselhão” terá como objetivo “assessorar a governadora na formulação e implementação das políticas públicas do Estado”. Os integrantes devem se reunir uma vez por mês ou em convocações extraordinárias.

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