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Flávio Dino sobre candidatura à Presidência da República: “Não existe isso, totalmente fora de hora”

Em entrevista na manhã deste sábado (4) ao programa Resenha da TV Difusora, apresentado por John Cutrim e que contou com a participação especial dos jornalistas Adalberto Melo e Robson Jr., o governador Flávio Dino negou que seja pré-candidato à Presidência da República. Essa foi a primeira declaração ao vivo e exclusiva do governador sobre se candidatar em 2022.

Outro dia eu fiz uma brincadeira num evento partidário brincando com dieta, perda de peso, e aí o que aconteceu, transformaram que o Flávio lançou candidatura a presidente. Não existe isso. Eu tenho 51 anos, considero que estou no auge da minha juventude, mas ao mesmo tempo já tenho uma certa experiência pra saber que é totalmente fora de hora cogitar isso com tanta antecedência e no meio desse tumulto brasileiro. Essas águas aí tem que rodar bastante pra gente poder ter um enfoque nisso“, disse Flávio Dino. (veja a entrevista completa aqui)

Também no programa Resenha, o secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares já havia dito que trata-se de uma brincadeira uma campanha antecipada de Flávio Dino visando o Planalto. (reveja aqui).

Ainda durante a entrevista, o governador Flávio Dino afirmou que não interferirá nas eleições de São Luís no primeiro turno caso seu grupo tenha vários candidatos a prefeito. Ele também revelou que mesmo o PCdoB, seu partido, tenha os deputados Rubens Jr. ou Duarte Jr, como candidatos, se manterá neutro na disputa. Além dos dois, no grupo dinista se colocam como pré-candidatos os deputados Bira do Pindaré (PSB), Neto Evangelista (DEM) e o presidente da Câmara de São Luís, vereador Osmar Filho (PDT).

Vou fazer o que fiz na eleição passada, havia a candidatura do prefeito Edivaldo à reeleição, havia a deputada Eliziane Gama, que era candidata a prefeita. No primeiro turno eu não participei da eleição em São Luís, exatamente em respeito as várias posições políticas que havia no nosso campo. Então, caso desses nomes aí você tenha três ou quatro candidatos, mesmo o candidato sendo do PCdoB a minha atitude será a mesma, pois do ponto de vista político eu sou tanto do DEM quanto do PCdoB, eu sou tanto do PCdoB quanto do PT, ou seja, eu sou filiado aos 16 partidos que me apoiaram, claro, é uma aliança, uma coligação, não posso priorizar o meu em detrimento daqueles que me ajudaram a chegar ao governo. Isso eu não farei, mesmo reconhecendo que o PCdoB tem dois excelentes pré-candidatos, se um dois dois for candidato, Rubens Jr., Duarte Jr. e se tiver o Neto, tiver o Bira, tiver outros eu não vou opinar, só vou votar e aí no segundo turno participarei como fiz na eleição passada”, garantiu Flávio Dino.

Dino anunciou em primeira mão ao Resenha um encontro que terá com o presidente Jair Bolsonaro na próxima quinta-feira.

Agora pela primeira vez fui chamado pelo presidente da República para uma audiência nesta semana, na quinta-feira. Lá estarei. Será a primeira audiência, eu já havia pedido formalmente desde janeiro“, contou o comunista.

O governador disse ainda que se o presidente vier ao Maranhão será bem recebido no Palácio dos Leões. “(…) se depender de mim, se ele quiser, será bem recebido, como eu recebo todo mundo com educação e nos termos da lei, independentemente da minha posição crítica”, assinalou Flávio Dino.

Base de Alcântara

Sobre o acordo firmado entre o Brasil e os Estados Unidos que vai permitir que o governo americano faça uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), Flávio Dino avalia que não adianta que a medida traga benefícios econômicos ao país sem que antes atenda aos interesses da população local, em especial às comunidades quilombolas da região.

“A questão sobre a base de Alcântara é: ela será utilizada em favor da população ou ficará inutilizada? A palavra chave que tenho buscado é equilíbrio entre interesses da população e da economia. A base de Alcântara pode ser boa para a economia, mas tem um passivo social para ser resolvido. Para o foguete subir precisamos antes ver os compromissos firmados com a população quilombola”, defende o governador.

Confira alguns pontos da entrevista.

Candidatura Presidente

“As coisas têm o tempo certo de acontecer. Isso é fruto sobretudo do reconhecimento do trabalho feito no Maranhão, um trabalho sério, honrado, honesto, e quem tem produzido bons resultados. De um modo geral fora do Maranhão, e também, claro, no Maranhão, há esse reconhecimento, que não é um trabalho perfeito, só Deus, mas que é um trabalho positivo e, sendo o Maranhão historicamente visto como um local de problemas, isso chama a atenção. Então, se o principal fator, é o trabalho feito aqui no estado, o que eu devo fazer, continuar focando o trabalho aqui no estado, porque esse é o centro. Outro dia eu fiz uma brincadeira num evento partidário brincando com dieta, perda de peso, e aí o que aconteceu, transformaram que o Flávio lançou candidatura a presidente. Não existe isso. Eu tenho 51 anos, considero que estou no auge da minha juventude, mas ao mesmo tempo já tenho uma certa experiência pra saber que é totalmente fora de hora cogitar isso com tanta antecedência e no meio desse tumulto brasileiro. Essas águas aí tem que rodar bastante pra gente poder ter um enfoque nisso. É bom pro Maranhão ter uma presença nacional, porque significa que empresas prestam atenção pro nosso estado, investidores, outros atores políticos, isso é positivo e claro que eu continuo cultivando isso porque é importante para o Maranhão que seja ouvido nacionalmente”.

Eleição em São Luís

“Tenho orgulho de integrar esse time de ótimos pré-candidatos. Rubens Jr, Duarte Jr., Bira, Neto Evangelista, Osmar Filho, e outros que possam surgir dos partidos que são aliados ao governo. Todas pessoas credenciadas, pessoas que eu conheço, que eu respeito, e que, portanto, reúnem os atributos necessários com legitimidade fazer esse pleito. Acho que me cabe tentar unificar o máximo possível, junto com o prefeito Edivaldo, claro,  a sucessão é dele, me referindo a São Luís e isso vale para todas as demais cidades. Como ator político, como coordenador desse pacto que fizemos para vencer duas eleições para o governo do estado e elegemos os senadores em duas eleições, eu sempre procuro ser a voz da moderação, de procurar harmonizar e tentar unificar. O caso de São Luís é um pouco mais complicado, porque de fato são postulantes que tem lastro tanto de experiência política, gerencial pra manter esses pleitos. No momento certo, junto com o prefeito Edivaldo nós vamos procurar e dizer ‘dar pra unir aqui ou ali’ e vamos tentar fazer essa união ampla. Se não for possível, vou fazer o que fiz na eleição passada, havia a candidatura do prefeito Edivaldo à reeleição, havia a deputada Eliziane Gama, que era candidata a prefeita. No primeiro turno eu não participei da eleição em São Luís, exatamente em respeito as várias posições políticas que havia no nosso campo. Então, caso desses nomes aí você tenha três ou quatro candidatos, mesmo o candidato sendo do PCdoB a minha atitude será a mesma, pois do ponto de vista político eu sou tanto do DEM quanto do PCdoB, eu sou tanto do PCdoB quanto do PT, ou seja, eu sou filiado aos 16 partidos que me apoiaram, claro, é uma aliança, uma coligação, não posso priorizar o meu em detrimento daqueles que me ajudaram a chegar ao governo. Isso eu não farei, mesmo reconhecendo que o PCdoB tem dois excelentes pré-candidatos, se um dois dois for candidato, Rubens Jr., Duarte Jr. e se tiver o Neto, tiver o Bira, tiver outros eu não vou opinar, só vou votar e aí no segundo turno participarei como fiz na eleição passada. Em todas as cidades maranhenses nós vamos procurar unir esses partidos, isso vale pra Imperatriz, Caxias, Timon, pra todos os municípios do Maranhão. Nada será de cima para baixo, eu ouvir todo mundo e onde der pra unificar, eu vou participar da eleição, da campanha, eu não olho muito pra sigla, eu quero é o bom resultado”.

Encontro com Bolsonaro

“Eu ajudo o governo federal, eu dou a principal contribuição que eu possa prestar, fazer uma boa oposição. Eu critico o governo firmemente lutando pra ver se acha um bom caminho. Agora pela primeira vez fui chamado pelo presidente da República para uma audiência nesta semana, na quinta-feira. Lá estarei. Será a primeira audiência, eu já havia pedido formalmente desde janeiro. Se o presidente vier ao Maranhão também, se depender de mim, se ele quiser, será bem recebido, como eu recebo todo mundo com educação e nos termos da lei, independentemente da minha posição crítica.

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