O ex-governador José Reinaldo Tavares e o ex-deputado federal e presidente da Embratur, Flávio Dino, há algum tempo não pensam da mesma forma – pelo menos quando o assunto são as eleições de São Luís.

Espécie de padrinho político e conselheiro de Dino, quando o trouxe da magistratura para a carreira política, elegendo-o deputado com expressiva votação, Reinaldo defende abertamente a reeleição do tucano João Castelo e com o apoio das oposições. Em contrapartida ao pensamento do seu ‘guru’, Flávio trabalha uma candidatura alternativa a Castelo, formada por nomes do campo democrático e popular (Edivaldo Jr., Eliziane Gama, Roberto Rocha, Tadeu Palácio).

É público e notório que José Reinaldo advoga a tese da importância da eleição de Castelo para 2014. O ex-governador engendra uma articulação onde o PSDB se junte ao PCdoB, PSB, PPS, PDT e outros em 2014, permitindo criar uma estrutura forte e com tempo bastante de televisão, para eleger Flávio Dino governador do Maranhão em 2014, conforme explica em seu artigo publicado na edição de hoje do Jornal Pequeno. Tarefa nada fácil, ainda mais se tratando da desunida oposição maranhense. Seria a fórmula ideal para derrotar o grupo Sarney.

Mas Flávio Dino – ou pelo menos os conselheiros que o cercam – não tem essa visão. Prova maior de que Zé Reinaldo e Flávio Dino estão em lados diametralmente opostos é que o segundo, que vinha se mantendo distante das discussões sobre sucessão municipal, chegando a afirmar que não disputaria a eleição para a Prefeitura de São Luís, voltou, inopinadamente, a disparar críticas contra o prefeito João Castelo. Tem focado petardos mais incisivos na gestão castelista, principalmente na área de educação e saúde.

Sinal de que Flávio ainda pode voltar atrás, entrar no jogo e disputar o Palácio La Ravardière, contrariando seu padrinho político. Fato este que distância Zé e Flávio cada vez mais… Nada que impede de Dino voltar atrás, dado o alto poder de influência de Reinado sobre ele. Muitas águas vão rolar. Vale aguardar.