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Flávio Dino diz que vai participar da equipe de transição e não tem pretensão de ser indicado ao STF por Lula

O senador eleito Flávio Dino (PSB) afirmou que vai participar da equipe de transição de governo de Luiz Inácio Lula da Silva, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), para coordenar a área de Justiça e Segurança Pública. Ele afirmou que sua participação tem como objetivo remover o que chamou de “entulho bolsonarista”.

“O Alckmin me informou do desejo de Lula de que eu ajude a coordenar as áreas de Justiça e Segurança Pública, áreas em que tenho dedicação profissional. Vou contribuir durante a transição para que o entulho bolsonarista possa ser removido rapidamente”, declarou Dino no UOL News desta terça-feira (8).

Na sequência, o ex-governador do Maranhão explicou o que classificou como “entulho”.

“O entulho a que me refiro é a legislação belicista e a ideologização das polícias, que acabaram resultando em tragédias. Tivemos agora ataques mostrando que chegou a hora da lei se impor. É uma tarefa do governo trazer a polícia para o território da legalidade. Isso envolve uma série de medidas administrativas”, explicou o senador eleito.

Segundo Dino, essas medidas envolvem revogações de leis, recadastramentos de portes de armas e também medidas pedagógicas para estimular o desarmamento.

Dino contou que embarcará nesta quarta-feira (9) para Brasília, onde vai se reunir com Alckmin e toda a equipe de transição.

Flávio Dino afirmou que ainda não foi convidado para integrar o governo Lula. Questionado a respeito da oferta, o político afirmou que “fazer parte do governo é um serviço patriótico”, mas que “mantém os pés no chão”. “Vamos esperar o presidente Lula eventualmente convidar”, brincou.

O senador eleito comentou que existe uma preocupação em dialogar com os partidos que não apoiaram o presidente eleito, para que seja possível aprovar no Congresso as propostas de campanha. Dino falou também da relação com o centrão.

“O centrão é um bloco importante e bastante heterogêneo, são vários partidos. O que há é uma preocupação justa e necessária de dialogar para além dos partidos que apoiaram o presidente Lula. Qualquer ato do governo precisa ser aprovado pelo Congresso Federal. O presidente eleito precisa dialogar para conquistar apoio e acho isso positivo, o governo não pode ser de um partido só. Buscar outros apoios é saudável, desde que seja atendido o interesse público”, analisou.

Dino: Espero que o Supremo julgue orçamento secreto

Dino foi perguntado sobre como o novo governo pretende lidar com o orçamento secreto. Ele afirmou que espera que o STF (Supremo Tribunal Federal) acabe com as chamadas emendas de relator.

“Espero que o Supremo julgue a ação que discute a constitucionalidade do orçamento secreto, uma vez que ele é incompatível com o regime constitucional, mesmo com essa roupagem de emenda de relator. Isso não é possível, uma vez que a Constituição não trata desse poder discricionário do relator. Com uma resposta judicial, teríamos espaço de negociação no congresso”, afirmou Dino.

Dino: Atos bolsonaristas são verdadeira baderna; ação de Moraes é virtuosa

Flávio Dino cobrou investigação sobre os protestos bolsonaristas que bloquearam rodovias pelo país. Ele afirmou que os atos antidemocráticos são “coisa de criminoso”. Segundo o senador eleito, as ações do ministro Alexandre de Moraes são um convite para que haja uma investigação mais rígida sobre o tema.

“A atuação do Alexandre de Moraes é virtuosa e, ao mesmo tempo, é um convite para que outros atuem, afim de que tenhamos um cumprimento da lei no Brasil. A lei tem que ser cumprida. Temos milhares de pessoas que estão se comportando de maneira ilegal e criminosa”, apontou Dino.

‘Não tenho pretensão de ser indicado ao STF por Lula’, diz Flávio Dino

Flávio Dino já foi especulado como possível indicação de Lula para o STF no futuro. Mas o senador, que é formado em Direito, afirmou que não tem esse projeto, pois está “confortável” na política.

“Em 2006, fiz a opção de largar 12 anos de magistratura para ser político e estou muito confortável. Nunca me coloquei esse questionamento. No mundo prático isso não existe. Fico honrado, é um reconhecimento, mas não é um projeto, um pleito, um sonho, nada desse tipo. Estou muito bem na política”, concluiu ele. (Com informações do UOL)

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