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Flávio Dino desiste de nome para chefe da PRF que apoiou Lava-Jato e defendeu prisão de Lula

Flávio Dino (foto), futuro ministro da Justiça de Lula, recuou na indicação de Edmar Camata ao cargo de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal. Menos de 24 horas depois de ter indicado o ex-secretário de transparência do Espírito Santo ao cargo, Dino cedeu a pressões de petistas e anunciou outro nome.

“Nós tivemos uma polêmica nas últimas horas e o entendimento meu e da minha equipe é que seria o mais adequado proceder a essa substituição”. O motivo seria, principalmente, o apoio público que Camata deu a Sergio Moro e Deltan Dallagnol durante a Lava Jato, inclusive na prisão de Lula.

No lugar de Camata, será nomeado Antônio Fernando, atual superintendente da PRF em São Paulo.

Segundo Dino, a alteração na escolha para o comando da PRF foi feita após polêmicas que surgiram devido a postagens de Camata em suas redes sociais. Na época da Lava Jato, o policial publicou conteúdos em apoio à operação e a prisão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

“Em relação a posições dele pretéritas sobre lava jato, Sérgio Moro, Dallagnol, sim, claro, mas volto a dizer, não é um critério, mas aí a questão é que houve uma postagem particular e outras, enfim, realmente não é um julgamento sobre o que ele achava em 2017 e 2018, porque realmente não é um critério, a meu ver, determinante, mas em face da polêmica, é claro, que ele no futuro não reuniria condições para se dedicar como nós gostaríamos”, disse Dino nesta quarta-feira (22).

Camata, de 41 anos, é atualmente Secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo, mas está licenciado da função. Camata é sobrinho do ex-governador do Espírito Santo e ex-senador Gerson Camata, morto em 2018.

O novo escolhido para ocupar o cargo, Antônio Fernando Oliveira, é advogado e policial rodoviário federal. Ele também é pós-graduado em direito tributário e mestrando em Ciências Jurídicas pela Universidade Autónoma de Lisboa – UAL.

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