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Entrevista considerada arrogante ajudou a derrubar Felipão na seleção

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Antes do jogo contra a Holanda, José Maria Marin estava disposto a manter Felipão no cargo, mas acontecimentos durante e depois da partida fizeram o presidente da CBF mudar de ideia.

Enquanto a derrota ainda era escrita, pegou mal o fato de Neymar, Hulk e Daniel Alves orientarem os companheiros. Soou como uma perda de comando por parte do técnico.

Ao final da disputa pelo terceiro lugar, os 3 a 0 aplicados pelos holandeses deixaram Felipão com um pé na rua, pois passaram a ser dois vexames seguidos e dez gols tomados em duas partidas.

A situação de Scolari se complicou dramaticamente na entrevista coletiva. A análise generosa do desempenho da seleção e a lembrança de suas conquistas pessoais soaram como arrogância e cortina de fumaça para encobrir os maus resultados.

Foram afirmações como “desde 2002 [quando o Brasil foi campeão com Felipão] não chegávamos às semifinais”, “disputei três Copas do Mundo e fiquei entre os quatro em todas”, “não jogamos mal” e “tivemos momentos muito bons”. Depois do show de autoconfiança, Marin teve a certeza de que a situação do treinador estava insustentável. O sentimento da cúpula da Confederação Brasileira passou a ser de que Scolari ficaria com a imagem de arrogante, justamente no momento em que a CBF quer um treinador com apoio popular. Não dava mais para manter Felipão. (Blog do Perrone)

Magoado

Felipão esteve no apartamento de José Maria Marin por uma hora no fim da tarde de hoje e teve algumas surpresas.

Primeiramente ao saber que havia uma equipe da TV Globo na porta do prédio.

Depois a mudança de posição da dupla Marin/Nero sobre o que havia sido conversado antes do jogo contra a Holanda.

O técnico, ingenuamente ou não, achou que continuaria à frente da Seleção, principalmente depois que uma sondagem de opinião pública feita pelo Esporte Espetacular, já no domingo, mostrou que 25% das respostas foram pela sua manutenção, à frente de Tite.

Ele não se demitiu ao contrário do que diz a nota da CBF e nem sequer entregou o prometido relatório, porque sua reunião com a cúpula da CBF não estava marcada para hoje.

Ao seu modo, Felipão se sente duplamente magoado: pelos dois cartolas, embora entenda que não suportem as pressões, e pela Globo.

Considera que o venenoso editorial feito por Galvão Bueno no sábado, no Jornal Nacional, foi uma vingança pelo desentendimento entre ambos 12 anos atrás, quando se recusava a atender o narrador.

Felipão ainda se surpreende com o poder da Globo. (Blog do Juca Kfouri)

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