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Fala, Joaquim!

joaquim-haickel

Meu caro John,

Primeiramente quero lhe dizer que achei muito estranho que um artigo publicado no domingo, 19 do corrente, no JEM, tenha repercutido só agora, cinco dias depois, em seu prestigiado Blog!

Quanto a sua interpretação, concordo que o referido texto deixa margem para existência dela, porém devo desiludi-lo quanto ao seu modo de ver as coisas.

Como arguto, porém, excessivamente focado jornalista, você colheu apenas os aspectos que melhor lhe servissem ao apoiamento de sua tese, que infelizmente, para você e para os que advogam o mesmo pensamento político, está eivada de equívocos no que diz respeito ao que comentei.

É verdade que o hábito de conversar faz muito não existe em meu grupo político, mas não é apenas nele que se dá esse fenômeno. Veja os tais “Diálogos”! Eu, você e quem sabe das coisas, sabemos que são para inglês ver! Eles são simplesmente a impostação de um nome legal para propaganda política antecipada, é pra criar fatos, para gerar notícia, fazer volume. São para tentar fazer com que se pense que a oposição tem uma consistência maior que realmente tem.

Tudo o que disse em meu artigo é de fácil comprovação, ocorre que você não ressaltou em momento algum o fato de estar claro nele que em caso de ser feito o que está ali preconizado, o resultado da eleição será mais uma vez favorável ao nosso grupo e desfavorável ao grupo de oposição.

O que está em jogo aqui é a realização de uma campanha política, cada vez mais difícil, o que é bastante natural devido às circunstancias amplamente conhecidas por todos.

Desconhecer ou tentar maquiar essas circunstâncias, por um lado ou por outro culminará com um erro semelhante, mudando apenas as cores políticas, nem tanto as ideológicas, basta ver os soldados que se enfileiram de cada lado desse campo de batalha. Pouca ou nenhuma diferença há entre eles, a não ser o fato da prática do poder.

Não retiro nenhuma palavra do meu texto. Não vejo nele grandes erros. O que lá estão são coisas concernentes ao escrivão que o lavrou. O que repudio é a sua interpretação que induz o seu leitor a imaginar que prevejo a derrota de meu grupo. Não. O que eu digo ali é que precisamos agir de maneira correta para que os resultados desejados sejam alcançados.

Ao contrário do que muita gente imagina o meu grupo é bem mais republicano e democrático que seus adversários. Prova disso é que publiquei o texto no qual você vê críticas duras ao governo, no jornal de propriedade da governadora. Nem por isso o texto foi previamente censurado e tão pouco eu soube de alguma reclamação por parte de quem quer que seja, pelo contrário, recebi inúmeras ligações de pessoas influentes em nosso grupo que concordam que o caminho deva ser o sugerido no relato dos “espinhos”

Grande abraço,
Joaquim Haickel.

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