Os ânimos se exaltaram entre os vereadores Fábio Câmara (PMDB) e Marquinhos (PRB) na sessão desta quarta-feira (27), na Câmara Municipal de São Luís. O pano de fundo da discussão foi a audiência pública realizada ontem, para cobrar da Caema soluções para a falta de abastecimento na capital.

Na tribuna, Fábio Câmara disse que não gostou de Marquinhos tê-lo chamado de cachorro.

Marcos defendeu-se, dizendo que na verdade usou a expressão ‘com medo como cachorrinho acuado’, alegando que Fabinho tentou desvirtuar o tema da audiência querendo jogar a responsabilidade da problemática da água à Prefeitura de São Luís, e amenizar a responsabilidade é do governo do Estado, que o principal responsável.

Fábio Câmara é aliado de Ricardo Murad, que comanda a secretária da qual a Caema é subordinada. “Eu tenho lado e não nego a ninguém que sou do grupo Sarney”, esbravejou.

Por sua vez, Marquinhos esclareceu que é também aliado da governadora Roseana Sarney e do secretário de Infraestrutura, Luis Fernando, mas não do secretário de Saúde, Ricardo Murad. “Não se pode falar nada do Ricardo Murad que o Fábio logo se ofende. Por isso Fábio estaria acuado, desvirtuando o foco”, replicou Marquinhos.

Em seguida, Antônio Marcos reclamou de Fábio Câmara tê-lo chamado de burro, insinuando que o colega é despreparado e sem conteúdo. “Posso até estudar menos que o Fábio, mas digo que me preparo dia a dia para cumprir o meu mandato. Agora o Fábio fica pagando os outros pra entrar no rádio e ficar falando mal de mim”.

Exaltado, Câmara refutou as acusações e afirmou que entrará no Conselho de Ética contra Marquinhos. “Pelo menos o cachorro é leal, melhor amigo do homem e tem bom faro. Cachorro bom tem que ter bom faro. Cachorro é um bom vigia e tem fidelidade canina”.

No final das contas, ruim para o grupo Sarney, já que os dois vereadores são da base roseanista.