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Essa decisão não interessa ao PMDB de José Sarney

Sarney e Dilma

Interessado tão somente no impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que levaria o vice Michel Temer a assumir a Presidência da República, o PMDB não deve ter visto com bons olhos a iniciativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deu início, ontem, ao julgamento a um recurso apresentado pelo PSDB contra decisão da ministra Maria Thereza de Assis Moura, que havia rejeitado a ação de impugnação do mandato da presidente Dilma Rousseff proposta à Corte eleitoral pela coligação Muda Brasil, de Aécio Neves. O caso foi retomado ontem após pedido de vista feito pelo ministro Gilmar Mendes, em março. A sessão, no entanto, foi encerrada em seguida após pedido de vistas de Luiz Fux. Os ministros Gilmar Mendes e Luiz Fux haviam indicado voto pela aceitação do recurso.

Mendes deu início à análise do caso fazendo um duro voto pela aceitação do recurso. O ministro aproveitou o julgamento para dirigir críticas à relatora do caso, ministra Maria Thereza de Assis Moura, que havia decidido pelo arquivamento do processo. Em seu voto, Gilmar disse que a ministra rejeitou o recurso apresentado pelo PSDB “sem instruir o processo, sem, portanto, sequer citar os investigados”, argumentou.

Em tom de crítica, ele disse que a ministra “daria uma brilhante contribuição ao Brasil esclarecendo esse fenômeno. Corrupção na Petrobrás resulta em lavagem de dinheiro nas doações eleitorais, veja, isso precisa ser esclarecido. Se não com efeito prático, para a história desse país”, disse.

Para justificar a demora em devolver o processo ao Plenário do TSE, Mendes disse que levou cinco meses porque “a toda hora tinha que fazer atualizações” no caso devido à evolução da Lava Jato. “A cada nova operação, há fatos conexos aqui”, argumentou. “Puxa-se uma pena e vem uma galinha na Lava Jato”.

Esse processo não interessa ao PMDB de José Sarney, porque, caso vingue, cai toda a chapa da então candidata a presidente; ou seja, perdem o cargo Dilma Rousseff e Michel Temer, com possibilidade de haver nova eleição para presidente da República.

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