Em entrevista à jornalista Bianka Nogueira, na TV Guará, o presidente da Embratur e pré-candidato ao governo, Flávio Dino disse que não há definições em relação à chapa oposicionista que disputará as eleições de 2014. Segundo ele, todas as questões estão em aberto até o período das convenções partidárias. “Inclusive a vaga de governador. Agora o que existe é uma pré-candidatura, que depende do apoio dos partidos, assim como de vice, de senador, dos deputados federais, estaduais, espaços de governo”, afirmou o comunista, ao ressaltar que as reivindicações dos partidos que integram o campo oposicionista democrático popular postas em debate são legítimas.

O tema PSDB foi um dos assuntos que dominaram a entrevista, muito bem conduzida pela simpática e comunicativa âncora do jornal. Ao ser questionado sobre uma aliança com o PSDB, o ex-integrante do PT e agora no PCdoB, Dino enfatizou que é necessária a união dos partidos e de todos aqueles desejam mudar a realidade de atraso no estado, protagonizado pelos piores índices sociais e pouco desenvolvimento ao longo de quase cinco décadas de domínio da oligarquia Sarney.

“Temos hoje um bom diálogo com o PSDB, quando fui deputado federal atuei em parceria com o PSDB em muitas questões, estamos levando esse diálogo agora pra um plano eleitoral visando 2014. Tenho tido muitas reuniões com lideranças do PSDB, sob a coordenação do presidente estadual, deputado federal Carlos Brandão, que é meu amigo, um grande companheiro, e tenho tido diálogo com outras lideranças, entre as quais evidentemente está o ex-governador, o ex-senador, o ex-prefeito João Castelo, liderança política de grande importância e nós estamos buscando exatamente uma aliança ampla e esperamos contar com o PSDB na batalha de 2014”, declarou Flávio Dino.

Para o pré-candidato a governador, a tarefa de transformar o estado não pode pertencer a um único partido. Lembrou que no Acre foi necessário a integração de várias agremiações, entre os quais PCdoB e PSDB, para vencer as forças oligarcas do atraso e do crime organizado. “É uma coisa tão grande e tão importante e hoje tão urgente que nós não podemos querer ser donos desse processo, por isso a gente precisa ter generosidade, solidariedade”. Além do PDT, PSB, PTC, PP, Solidariedade, PROS e outras siglas, Flávio Dino revelou que o PSDB, sigla tradicionalmente de oposição ao grupo Sarney no Maranhão, está se integrando ao que ele denominou de mesa dos partidos de oposição.

“Temos uma mesa dos partidos aliados e o PSDB ainda está em processo de integração porque há diálogos preliminares para que cheguemos até essa definição. O tempo das definições não chegou ainda. O mais importante é não perdemos o foco do nosso compromisso fundamental de unir forças capazes de vencer as eleições e transformar a realidade da população, claro que o PSDB por sua tradição e força tem toda legitimidade de pleitear espaços na chapa majoritária, num eventual futuro governo, nas coligações proporcionais”, reiterou Dino, ao deixar claro que o apoio do PSDB é fundamental não só para a vitória em 2014, mas a participação dos tucanos num eventual governo.

No final do bate-papo na TV Guará, o presidente da Embratur, sem antes agradecer ao diretor da emissora, Roberto Albuquerque e desejar feliz ano vindouro as telespectadores, especificou que todos as legendas tem sua importância no processo de mudança no estado, na implementação de boas novas e transformação social que os maranhenses almejam.

“Não quero ser um novo coronel da política que vai decidir tudo sozinho, nós queremos é substituir o coronelismo. Todas as reivindicações são legítimas. Precisamos manter essa união até o final”, concluiu Flávio Dino.