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Espaço do leitor – Governador de ilusões x governador de realizações

Muitos podem responder que é relativo; para outros, em se tratando de gestão pública, um tempo superior a 2 anos é tempo suficiente para se ter uma posição fechada e rotular uma opinião definitiva, a tornando como verdade absoluta…

Existe um seriado americano chamado “Lie to Me”, no Brasil a série da FOX foi traduzida (erroneamente) como “Engana-me se Puder”, baseado nos livros e pesquisas científicas e empíricas de autoria de Paul Ekman, um dos mais brilhantes psicólogos (eleito como uma das 100 pessoas mais influentes pela revista Time de 2009) e expert em linguagem corporal e expressões faciais. Tive a oportunidade de ler algumas obras dele e pude assistir toda a série televisiva pela Fox e Netflix (comercial gratuito) e também um documentário da BBC sobre a face humana, baseada em sua pesquisa. Não sou um expert ou investigador de mentiras, ainda mais para falar de política, onde o jargão que mais se escuta é que “Todo político é ladrão ou Mentiroso profissional”… Mas o que ouvi e vi hoje, me inspiraram a fazer esta publicação e ousar dar esse depoimento…

Muitos de meus amigos me perguntam em minhas viagens aos finais de semana por Aê, sobre o que se passa no Maranhão atualmente, desde a “libertação”… Em minha singela e humilde opinião é um tempo de profundas esperanças, com vislumbres de realizações, caminhando a passos largos de mudança verdadeira, especialmente se comparado com outrora. . Não recebi nada para escrever esse texto e vou comentar baseado nos meus anos de vida e experiência maranhense…

O outrora, era um outro tempo, não tão distante assim, que vivíamos a beira da ilusão ao “ligar” a televisão e ser “agraciado” com um Maranhão em que tudo funcionava, as pessoas sorrindo em todas as propagandas, educação, saúde, saneamento básico etc… tudo de primeira… Mas era só desligar a tv, dar uma volta pela cidade de São Luís ou percorrer as estradas desse Maranhão (como eu fazia (e ocasionalmente faço) que a dura, triste e nem tão bonita realidade vinha à tona… Era um governo de ilusões, com vislumbres de continuísmo… Mais do mesmo… E cada vez menos para o povo… Além disso, algo que sempre meus amigos de outros estados me perguntavam: Como vocês aguentam e continuam elegendo esses governantes há tanto tempo? Que paixão masoquista é essa de sofrer? Inúmeras respostas surgiam, além da vergonha… Vergonha não por ser maranhense (algo que sempre me orgulhei, especialmente pela história de lutas e vida de minha família), mas por ver tantas injustiças e desigualdades sociais…

Não entrarei no mérito da “causa Dilma”, amplamente defendida pelo Governador do meu estado, até porque, na minha (ainda mais humilde e singela opinião como jurista), os argumentos e “provas” das pedaladas fiscais eram suficientes para legitimarem a abertura do processo de impeachment e afastamento da nossa presidente… Todavia, não é o foco desta minha publicação… Sugiro que, aqueles que chegaram até aqui, em uma publicação pública, na minha linha do tempo, em que externo uma posição de cunho pessoal, leiam o texto sem as paixões ou pré-conceitos de que “ se alguém defende a presidente Dilma, é bandido(a) igual ela, ou não tem nada de bom para mostrar”… O que é uma inverdade… Conheço outros inúmeros colegas juristas e bons amigos que encontraram arcabouço teórico e argumentos legais para defender a presidente…. Enfim, prosseguindo, sob esta premissa do respeito…

Participei hoje, como servidor público estadual, de um evento organizado pelo Governo do Maranhão, denominado de Encontro Regional de Gestão Governamental, com enfoque no Desenvolvimento e mudança no Maranhão, tendo como preletor, o excelentíssimo Governador do Estado, Dr. Flávio Dino.

Em minha opinião e considerando meu aprendizado com Paul Ekman, O governador Flávio Dino foi extremamente transparente… Falou com verdade e não foi omisso em denotar e descrever a realidade, bem como compartilhou alguns dados… Ressaltou os tempos difíceis, afinal, governar um dos estados mais pobres da federação que sofreu uma queda gigantesca na arrecadação do Fundo de Participação do Estado (FPE) no último ano na ordem de 1.300.000.000,00 ( Hum Bilhão e Trezentos Milhões de Reais), influencia bastante no orçamento e gestão. Mas demonstrou que, apesar da preocupação evidente, não ficou se lamentando ou acomodado em um gabinete chorando ou foi jogar carteado em Las Vegas ou no Palácio. Não. Na crise, procurou criar oportunidades e ver saídas para tentar cumprir com o que foi um dos jargões da campanha: Fazer um governo da Mudança.

O desafio é enorme, afinal temos (ou tínhamos) 30 municípios na lista dos piores índices de Desenvolvimento Humano do país, com os piores indicativos sociais e vemos um governo focando ações e olhando para esta realidade. Escolas outrora de Taipa, sendo demolidas e construídas escolas dignas em seu lugar, ou ainda escolas que há décadas não se via uma tinta, sendo reformadas e construídas, cedido cadeiras novas, livros… Hospitais sendo construídos e equipados de fato para funcionarem e não serem apenas usados como propaganda para eleição, mas para atender a população. Policiamento nas ruas aumentando e violência diminuindo, isso com base em dados de institutos sérios e não controlados e divulgados de acordo com a vontade do governante. Asfalto chegando nas ruas (alguns que seriam até responsabilidade exclusiva do município, já que a responsabilidade objetiva seria cuidar das estradas estaduais –MA)… Entre outros dados em que há melhorias visíveis e perceptíveis.

Todavia o dado (ou apontamento) mais interessante é que muitas dessas ações tem sido custeadas com arrecadação própria do Estado (ações estas que são obrigação de um governante fazer, diga-se de passagem)… Qual o intuito então da publicação? “Já que o governador não tem feito nada além do que se espera que ele faça!” Alguém pode dizer que é função dele reformar, equipar ou contruir novas escolas, hospitais, levar asfalto para as pessoas, dar condições a polícia manter a ordem e a paz nas cidades.

De fato é responsabilidade de um governo fazer tudo isso e muito mais… Mas o que eu (e outros maranhenses) nos acostumamos a ver no Maranhão foi “o Maranhão da Ilusão”, na propaganda contra o Maranhão da vida Real…

Não posso ainda dizer no “Maranhão do Passado” porque ainda existem muitas, muitas, muitas barreiras a quebrar, muitas desigualdades sociais a se desfazer, muita…muita…muita coisa para se consertar… mas ouso dizer no “Maranhão antes da mudança começar” o que deveria ser obrigação de um governante, ou de um governo ficava camuflado na mídia ou escondido atrás das mesmas justificativas e desculpas para o não fazer ou não poder fazer – ou o mais correto seria não querer fazer? –
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No “Maranhão antes da mudança começar” não existia esse senso de dever, de assumir a responsabilidade, bem como a sensibilidade quanto a de fato e de verdade cuidar das pessoas e da “res publica” com transparência e responsabilidade. Não existia isso de assumir que de fato ainda temos muitas coisas a melhorar e precisamos nos esforçar bem mais…

Algo que chamou (e chama) minha atenção é que em um cenário de profunda crise econômica: da União buscando maneiras de aumentar impostos, diminuir o repasse a Estados e Municípios, O Maranhão tem conseguido fazer. E aqui destaco mais uma das muitas mudanças que tenho percebido: O recurso estadual tem aparecido. A arrecadação do Maranhão, apesar de estar em tempo de recessão nacional (e mundial), tem aparecido nos cofres públicos. E não é que existem mais impostos no Maranhão do que em outros estados, ou o maranhense é mais rico, muito pelo contrário, é a forma de gerir e destinação dos recursos e o combate a corrupção que tem feito a diferença, um grande exemplo disso é a arrecadação declarada da EMAP – Empresa Maranhense de Administração Portuária, que em outros anos, a arrecadação “não aparecia”.

No “Maranhão antes da mudança começar”, a governante (e muitos governantes – ou seria todos sob a tutela de um mesmo bigode governante?) só eram vistos ou só encaravam a população na época de eleição, ou em cerimônias fechadas ou “controladas”.
No “Maranhão a partir da mudança” vi e vejo um governador que consegue caminhar em meio ao povo, que tem sensibilidade, que não é unanimidade por conta da herança governamental recebida (e já sabida) e das inúmeras dificuldades em gerir a aplicação dos recursos, já que todas as áreas precisam (e muito).

No “Maranhão a partir da mudança” vi hoje no conjunto das expressões faciais do governador, no seu olhar carregado de esperança, harmonizado com sua oratória e fala, bem como em seus gestos que Ele de fato e de verdade acredita no que fala e executa. Percebi que o slogan de campanha: “Fazer do Maranhão um governo de todos nós” com oportunidades para todos os Maranhenses, um “governo da Mudança”, de dignidade para as pessoas continua a ser o seu norte diuturnamente. Imagino que este compromisso assumido na campanha e em sua posse como governador de um quantitativo aproximado de 7 milhões de Maranhenses deve ser a última lembrança antes de pegar no sono e o primeiro pensamento ao acordar…

Compartilho que se todos nós, olhando para dentro, servidores estaduais, efetivos, comissionados, terceirizados ou pessoas que moram no Maranhão, ou em outros estados, mas torcem por mais dignidade as pessoas, sonharmos, aplicarmos, e nos esforçarmos cada vez mais, com o mesmo afinco, zelo e dedicação que o discurso de hoje e palavras do Governador, a mudança completa chegará mais cedo. Não sei em quanto tempo… O que eu sei é que “tudo muda, quando mudamos”…

A minha oração é que Deus tenha misericórdia de todos nós, maranhenses. Que Ele abençoe o governador Flávio Dino, Que o ilumine, conduza e mantenha íntegro, justo, obstinado em acabar ou amenizar ao máximo as desigualdades sociais, o fazendo um Bem Aventurado para querer ter sede e fome de justiça; Que Abençoe todos os seus auxiliares diretos da equipe de governo, secretários, presidentes de órgãos e autarquias, fazendo com que se desviem do mal e da aparência do mal e de toda corrupção, que apliquem bem todos os recursos sob sua responsabilidade e saibam gerir bem as equipes e Que Deus abençoe todos os servidores efetivos, comissionados, terceirizados, concedendo a cada um sabedoria e graça para governar, gerir e conduzir o Maranhão a passos largos para mudanças não apenas passageiras, transitórias e efêmeras, mas duradouras, permanentes e eternas. Que as conquistas até o momento se perpetuem, encorajem e inspirem novos passos. Que todos os desafios sejam enfrentados com ousadia, coragem e disposição.

Finalizo denotando o que é o mais importante, que a verdadeira esperança está em Cristo. E os passos mais firmes na caminhada são dados de joelhos no chão e com os olhos fechados. Essa é a esperança que acredito e vivo… Deus abençoe o Maranhão!

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