Há muito tempo leitores, colegas e amigos solicitam que o titular do blog apure o real motivo de as unidades de Pronto Atendimento (UPAs), em São Luís, não receberem pacientes levados por ambulâncias do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), do município.

A principio, tal medida leva a crer que se trata de mais um capítulo da “guerra” travada entre estado e município. Bom, raciocínio que não deixa de ser verossímil, à primeira impressão.

No entanto, antes de qualquer conclusão ou juízo de valor precipitado, o blog procurou, junto à secretaria de Saúde do Estado, saber o que de fato ocorre em relação ao caso. Primeiro, foi nos informado que as UPAs não são preparadas, estruturadas e equipadas para receber pacientes em casos graves.

Explicou, assim, a assessoria da SES: “As ambulâncias do Samu, que realizam o primeiro atendimento, isto é, os primeiros socorros, atendem geralmente pacientes nestas situações, de urgência e emergência, o que não é o papel das UPAs uma vez que são preparadas para acolhimento das urgências de menor complexidade, cabendo, dessa forma, estes casos mais graves serem deslocados, sim, para a rede de urgência e emergência do município, os Socorrões”.

Ainda de acordo com a assessoria da Secretaria de Saúde, as UPAs são estruturas de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de urgência hospitalares. “As unidades atendem a casos de saúde que exijam atenção médica intermediária como problemas de pressão, febre alta, cortes, etc. evitando que estes pacientes sejam sempre encaminhados aos prontos-socorros dos hospitais”, esclareceu.

As conclusões sobre o posicionamento da SES ficam a cargo do leitor.