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‘Era um ataque nacional’, diz Dino sobre operação contra suspeitos de planejar morte de Moro e outros agentes públicos

O ministro da Justiça Flávio Dino disse ao blog que, além do senador Sergio Moro (União-PR) e de um promotor, o PCC planejava atentados contra um comandante de Polícia Militar e policiais, entre outros agentes públicos.

‘Era um ataque nacional’, disse Dino em resposta a mensagens enviadas pelo blog.

Moro afirmou ao blog que já sabia das ameaças. “Fui informado do risco”.

Segundo o blog apurou, há alguns meses o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), determinou a escolta do senador pela polícia legislativa.

Moro diz que era um dos alvos do grupo

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (22), uma operação que investiga integrantes de uma facção criminosa suspeitos de planejar matar e sequestrar autoridades, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino. O senador Sergio Moro (União Brasil) afirmou, por meio de sua assessoria, que era um dos alvos do grupo criminoso.

A facção atua dentro e fora dos presídios brasileiros e internacionalmente. Quando era ministro de Segurança Pública, Moro determinou a transferência do chefe da facção, Marcola, e outros integrantes para presídios de segurança máxima. À época, o senador defendia o isolamento de organizações criminosas como forma de enfraquecê-las.

De acordo com a PF, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão em São Paulo, Paraná – onde estão os principais alvos – Rondônia e Mato Grosso do Sul. Pelo menos seis pessoas foram presas em Campinas, em São Paulo.

Além de homicídio, os suspeitos pretendiam sequestrar autoridades públicas, segundo a PF.  Os policiais identificaram ainda que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea. Outro alvo do grupo era Lincoln Gakyia, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente, interior de São Paulo.

Investigações

De acordo com os investigadores, os planos seriam uma retaliação de integrantes da facção criminosa por causa de uma portaria do governo que proibia visitas íntimas em presídios federais. Atentados eram planejados desde o ano passado, segundo a investigação.

Os alvos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços de Sergio Moro. A família do senador também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam os investigadores.

Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou a operação e confirmou que as vítimas seriam um senador e um promotor de Justiça (veja publicação acima). “Hoje a Polícia Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha”, afirmou.

Por meio de uma rede social, Moro também comentou sobre a operação e afirmou que vai fazer um pronunciamento sobre ser alvo de ameaças de um grupo criminoso.

“Sobre os planos de retaliação contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado”, cita a postagem. (G1)

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