Fechar
Buscar no Site

Entrevista com o Capitão Trinta Júnior

Como grande apaixonado, visionário, intelectual e empreendedor por Segurança Pública, ostentador de um currículo invejável e vasta experiência na área, o capitão PM Trinta Júnior, Bacharel em Direito, Segurança Pública, especialista em Direito Público e pós-graduado em Direito Militar, fala um pouco da sua trajetória de vida como policial militar e o que espera da próxima administração do novo governo. No entanto, concede uma entrevista a página BLITZ.

BLITZ – Como o senhor vê hoje a questão da Segurança Pública, e quais as expectativas para o futuro próximo?

Trinta Júnior – Infelizmente não estamos vivendo um bom momento na segurança pública, especialmente ao fato de inoperância e ausência de políticas públicas por parte do atual governo que não investe verdadeiramente neste setor, apesar da competência do atual secretário de segurança e do comandante geral da PMMA. Pois não se faz segurança sem recursos financeiros, precisamos valorizar o que temos de mais importante, que é o material humano, o maior bem das polícias. Investiram-se pouco no aparelho de segurança em bens materiais como viaturas, coletes e armamentos, mas os policiais especialmente os militares foram esquecidos e desrespeitados pelos governos até aqui. Como todo bom cidadão que se preocupa com o desenvolvimento do nosso Estado, votamos e confiamos no novo governador Flávio Dino, que apresentou excelentes metas para a segurança pública e mostrou como irá implementá-la, e já está pondo em prática ao escolher homens certos para a sua administração, a saber, o comandante e subcomandante da PMMA, além do acertadíssimo secretário chefe da Casa Militar do Governo, sem falar no arrojado secretário de segurança, nosso amigo, aliás, amigo dos PM’s, Dr. Jefferson Portela, uma pessoa de visão moderna e dispostos a recuperar o que de maior se perdeu nas policiais, a dignidade humana do policial, a autoestima e motivação. Além dos demais gabaritados secretários de Estado.

BLITZ – O que o senhor acredita que deve ser feito para melhorar a qualidade dos serviços prestados pela PM?

Trinta Júnior – Não só na PM, mas em todo o aparelho policial precisa-se arrumar a casa. O primeiro passo é integrar de fato as polícias e as instituições de segurança, que devem estar sempre unidas ao combate do crime organizado que cresce substancialmente. A melhor forma de administrar é valorizar o material humano (os policiais), capacitá-los e instruí-los, depois aquisição de equipamentos tecnológicos de última geração, viaturas, equipamentos e armamentos. Precisa-se incentivar e reconhecer o policial que possui formação superior dentro das instituições, começar a realizar concursos públicos para o ingresso na PM com o nível superior, e reaver a questão da promoção que ainda se encontra retardada, exigência da graduação em Direito, para iniciação da carreira de oficial combatente na área de atuação nos serviços-fim da corporação e Administração para os oficiais da área de serviços-meio (Quadro Complementar de Especialistas – QCOE). Esse imbróglio tem sido desculpas para a não valorização salarial da PM. Conheço o novo secretário de segurança e sei da sua capacidade e sensibilização, já que fomos militantes de longas datas desde os tempos estudantis universitários até os mais variados movimentos sociais e de classe, que goza de grande amizade e confiança junto ao Governador eleito Flávio Dino, sem contar com a competência do Comando e Estado Maior da PMMA. Estas sugestões não são minhas, mais da grande maioria dos policiais graduados em segurança pública da PMMA, temos que dar condições inclusive de formação superior através de convênios (Criação do Centro Tecnológico Superior da PM), para podermos exigir muito mais da qualidade dos nossos briosos policias militares. O mesmo se aplica no que couber aos irmãos do Corpo de Bombeiros Militar.

BLITZ – O que sugerias para que os atuais oficiais fossem contemplados pelo nível superior?

Trinta Júnior – Simples, lembram-se da lei que reconheceu os antigos contadores em contabilistas e os conferiu a nível superior, assim como em outras profissões. Só que nós oficiais já entramos policiais com a formação superior da UEMA, apesar de acaloradas discussões, em nossa humilde ótica – como operador e amante do bom Direito, de fato temos o nível superior, só que de forma sui genere, ou seja, um dos pré-requisitos para ser oficial é realizar o concurso e, só após formação superior preencher o último requisito. Também é mister frisar que por lei poderemos ser reconhecidos, o que de fato somos, assim como os policiais civis e recentemente os agentes da Polícia Federal, cargos da carreira jurídica, pois nossos oficiais e alguns praças especiais, realizam a persecução criminal inquisitiva, só que na esfera Penal Militar, que por sinal é mais rigorosa e complexa que a Penal Comum, sem contar que os oficiais, num dos poucos cargos que possuem como prerrogativa e nobreza, servir literalmente como Juízes Militares na Justiça Militar Estadual. Se isso não for atividade jurídica, então o que será?

BLITZ – Sabendo de seu vasto currículo e de sua militância em quase todos os movimentos sociais reivindicatórios da PMMA, seja como ativista ou orientador jurídico desses movimentos, qual o seu projeto particular para sugerir ao novo governo, que melhorariam a segurança pública?

Trinta júnior – Sem querer nos autoprojetar, mas somente pra conhecimento público, desde que entramos na PM, sugerimos muitos projetos e propostas e como idealizador do segundo Conselho Comunitário de Segurança do nosso Estado, a saber o COSMIN (Conselho Comunitário de Miranda do Norte), sempre ministramos palestras comunitárias, inclusive na gestão de um dos antigos Centros Integrados de Defesa Social, os CIDS; na gestão do saudoso Governador Jackson Lago, testemunhado pelo próprio Dr. Jefferson Portela, na época em que era Delegado Geral. Portanto, temos a intenção de apresentar ao secretário por intermédio do senhor Cel. Marco Antônio Alves, o novo Comandante Geral, a política de realinhamento dos Conselhos, posto que na época por razões de desconhecimento da real finalidade dos CNSEGs, que foram politiqueira e erroneamente vinculados ao Estado, por essa razão desvirtuou-se os objetivos destas entidades, talvez para que, no controle estatal não fosse cobrado do governo políticas públicas comunitárias de segurança. Uma das mais importantes virtudes dos Conseg’s é a independência e liberdade de ação, com a criação dessas entidades, há um incentivo de extinção das inservíveis e infinitas associações de bairros, que se confundem e, em muitas vezes, servem apenas para autopromoção e interesses particulares.

BLITZ – tem algum projeto em vista na área de Segurança Pública?

Trinta Júnior – Sim. Para a segurança pública e protetiva apresentaremos nosso mais importante projeto não militar, mas sim, civil, a criação do Conselho Regional de Bacharelado em Segurança Pública, para provisoriamente, até a criação do Conselho Federal, regulamentar essa profissão. Isso vai trazer inúmeros benefícios ao Estado, aos profissionais de segurança formados na UEMA e a toda a sociedade. Mas, é assunto para outra oportunidade. E, estamos à disposição do Comando Geral, do secretário de Segurança e do governador Flávio Dino, gratuitamente, a somar esforços para fazer este nosso continente estado crescer e se desenvolver dando ao povo não o peixe, mas o anzol para que ande com as suas próprias pernas.

BLITZ – Capitão as suas considerações finais

Trinta Júnior – Acredito piamente no Governo de Flávio Dino, assim como em toda sua equipe de trabalho. Acredito no seu plano de políticas públicas em todos os seguimentos sociais, principalmente no que tange o tripé da sociedade, saúde, segurança e educação. Portanto, como estudioso e fã do papa da administração, o doutrinador CHIOVENATO, acredito que nenhum governo possa ter sucesso nos citados setores sem investimentos principalmente na educação multidisciplinar de seu povo, incluindo os servidores, então devemos criar instituições de educação empreendedora para as comunidades e para nossos servidores públicos. No entanto, encerro com o provérbio chinês, com adaptações. “O pessimista diz: não há vento; o otimista: já vem a ventania; mas o realista e idealizador muda a direção das velas”.

O conteúdo deste blog é livre e seus editores não têm ressalvas na reprodução do conteúdo em outros canais, desde que dados os devidos créditos.

mais / Postagens