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Em ranking dos estados que vão decolar em 2012, MA fica em 24º com nota 0 na maioria dos indicadores

Um levantamento inédito, que VEJA publica com exclusividade, revela quais são os estados brasileiros mais preparados para receber o fluxo recorde de investimento estrangeiro que chega ao país graças à estabilidade econômica interna e à proximidade da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016

Blog do John Cutrim e Revista Veja

A estabilidade política e econômica, o crescimento do mercado consumidor e os incentivos fiscais fazem do Brasil um país atraente para os investidores estrangeiros. Mas nem todos os estados conseguem aproveitar essa oportunidade como deveriam. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal e Santa Catarina são os únicos que apresentam um bom ambiente de negócios para quem quer investir no setor produtivo do país. Nos demais, como no Maranhão, problemas como a carga tributária elevada, a burocracia, as deficiências de infraestrutura e a falta de mão de obra qualificada afugentam o capital externo.

Charge: Marrapá

Essas são as principais conclusões do primeiro Ranking de Gestão dos Estados Brasileiros, elaborado pela Unidade de Inteligência do grupo inglês Economist, patrocinado pelo Centro de Liderança Pública e publicado com exclusividade por VEJA. O relatório será atualizado anualmente e divulgado na última edição do ano da revista. O objetivo é ajudar a balizar os administradores públicos, a fim de que eles promovam as reformas necessárias e, assim, aumentem a sua capacidade de atrair o investimento estrangeiro e também nacional. Afinal de contas, legislações que proporcionem maior eficiência e produtividade funcionam como um ímã para o dinheiro de qualquer nacionalidade.

Para fazerem o ranking, os pesquisadores analisaram 25 indicadores em oito quesitos (um resumo das tabelas pode ser conferido nas próximas páginas e a íntegra do estudo está em veja.com). “A meta principal é fortalecer as instituições e evitar o personalismo. Por isso, não foi analisado o desempenho dos governantes, mas das políticas públicas implementadas ao longo dos últimos anos. Instituições vigorosas estão na base do sucesso de uma nação”, diz Luiz Felipe d’Ávila, diretor-presidente do Centro de Liderança Pública.

De fato, a robustez das instituições explica o desempenho dos estados que estão no topo da avaliação. São Paulo está entre os três primeiros em sete dos oito quesitos e lidera a classificação geral. “O estado de São Paulo apresenta o melhor ‘ecossistema’ para a realização de negócios. Tem estabilidade política, as melhores universidades, boa infraestrutura e uma indústria de serviços consolidada. Só precisa simplificar seu sistema tributário”, aponta D’Ávila.

MA e PI nas últimas colocações

Já o Maranhão e o Piauí, o último colocado, são exatamente o oposto — trata-se de estados com instituições sucateadas e um poder público deficiente. A infraestrutura é precária.

Entre as 27 unidades administrativas brasileiras, o Maranhão ficou na 24ª posição no Ranking de Gestão dos Estados Brasileiros.

Na análise dos indicadores, o Maranhão obteve classificação ruim (numa escala que inclui ainda muito bom, bom, moderado) nos quesitos Regime Tributário e Regulatório, Recursos Humanos, Infraestrutura e Inovação.

Apenas no quesito Ambiente Político, dada a influência e o poder de seus representantes na esfera política nacional, como o presidente do Senado, José Sarney, e os ministros de Minas e Energia, Edson Lobão, e do Turismo, Gastão Vieira, o Estado obteve classificação boa.

Na escala de pontuação de 0 (pior) e 100 (melhor), o Maranhão obteve nota 25 nos indicadores ‘corrupção’ e ‘burocracia’. Já quanto aos indicadores ‘renda per capita média’, ‘oferta de mão de obra especializada’, ‘qualidade da rede de telecomunicações’ e ‘incentivos fiscais’ o estado governado por Roseana Sarney ficou com 0, alcançando os piores resultados entre unidades federativas. Fruto de uma administração estagnada, incompetente, ultrapassada e inapta de Roseana.

Os pesquisadores se debruçaram, ainda, sobre a maneira como os estados brasileiros lidam com a questão ambiental. A preservação é, atualmente, um ponto central para a atração de investidores. Nesse quesito, a força das instituições também se mostra decisiva. A fiscalização diligente, uma legislação rigorosa e o incentivo a estudos na área dão um lugar de destaque ao Amazonas.

O Maranhão ficou numa posição intermediária, mesmo ficando com 0 em ‘incentivos fiscais para a sustentabilidade’ e 25 em ‘qualidade da legislação ambiental’. O vizinho Pará ocupa o último lugar devido à frouxidão de seus sucessivos governos em relação aos devastadores.

Confira abaixo o Ranking de gestão dos estados brasileiros – 2011. O indicador elaborado pela Unidade de Inteligência da Economist analisa 25 indicadores em oito categorias para formar o ranking dos melhores locais para investir.

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