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Em entrevista exclusiva e reveladora ao blog, ministro Carlos Lupi fala sobre os destinos do PDT no MA

Em agenda oficial no Maranhão desde a última sexta-feira, o ministro do Trabalho e Emprego e presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, partiu na tarde deste domingo (17) para Brasília. Antes, porém, concedeu uma entrevista exclusiva e reveladora ao titular do blog.

Num bate papo bastante informal, Lupi, que estava acompanhando assessor do MTE e suplente de deputado federal, Weverton Rocha, do vereador Ivaldo Rodrigues e outros pedetistas de alto coturno, conversou por cerca de meia hora com o blog.

Foto meramente ilustrativa

De forma bem simples e descontraída, o ministro respondeu a vários questionamentos e esclareceu alguns pontos que geram certa polêmica nos bastidores políticos locais, entre os quais a visita que fez à governadora Roseana Sarney e ao sistema Mirante de Comunicação, as eleições municipais de 2012, a possibilidade de candidatura própria do PDT, inserção de novos quadros da sigla, entre outros assuntos.

Em relação à visita que fez à governadora Roseana Sarney, Lupi foi enfático ao afirmar: “Em nenhum momento da visita foi discutido questões partidárias e ideológicas, mas sim de interesse do povo”. O ministro frisou que sua ida ao Palácio dos Leões tratou-se de um ato institucional com o escopo de tratar unicamente das “políticas públicas de interesse da população”.

Quanto aos destinos do PDT no Maranhão, Lupi adotou um discurso mais incisivo. O pedetista, talvez numa das entrevistas mais esclarecedoras sobre o assunto até agora, foi claro ao afirmar que entre os planos da agremiação no Estado, está a possibilidade de lançar candidatos próprios em São Luís e Imperatriz. “Com quem conversei todos estão querendo algo novo. Defenderei, portanto, candidatura própria do partido a prefeito tanto em São Luís quanto em Imperatriz”, disse.

Perguntado sobre a participação do PDT na administração do prefeito João Castelo (PSDB), onde o partido detém secretários em sete pastas, e a possibilidade da agremiação apoiar o projeto de reeleição do tucano, o ministro não mediu palavras. “A participação do PDT na administração municipal de São Luís são alianças de uma eleição passada. Cada eleição é uma”, afirmou Carlos Lupi, para arrematar em seguida quanto ao quinhão pedetista na gestão castelista.

“Deve-se respeitar as instituições partidárias. Qualquer indicação do partido passa pela formalização das instâncias partidárias do PDT. Eu não sou ministro do governo Dilma porque sou bonito, mas sim porque meu partido me indicou. Aqui ocorreu na contramão do processo, privilegiou-se o nome”, analisou.

Lupi, entretanto, enfatizou que a decisão final sobre o leque de alianças que será construída pelo PDT visando à sucessão municipal de 2012 será decido pela maioria dos membros do partido.

“O que a maioria do partido decidir, será respeitado, apesar de estar convencido – isso uma posição pessoal minha – de que a candidatura própria é o melhor para o partido”, defendeu. “O Maranhão está precisando de lideranças novas, de oxigenar a sua política. Vejo um momento muito rico em 2012”, completou.

Veja abaixo a íntegra dos principais pontos da entrevista

Visita a Roseana

Visitamos a governadora Roseana Sarney, onde ela nos apresentou os programas de governo da sua gestão, entre eles Programa Maranhão Profissional, cuja proposta é capacitar 400 mil maranhenses para ocupar os postos de trabalho que surgirão com os empreendimentos que estão se instalando no estado. Na oportunidade, foi discutida ainda a ampliação de programas ligados a nossa pasta, algo a ser definido pelo grupo gestor do seu governo para depois vermos com nossa equipe em que área entramos. Vale ressaltar que em nenhum momento da visita foi discutido questões partidárias e ideológicas, mas sim de interesse do povo, ou seja, foi um gesto republicano e de respeito à instituição democrática. Minha obrigação é cuidar das políticas públicas de interesse da população.

Visita a Mirante

No processo democrático que vivemos faz parte dele visitar qualquer instituição de comunicação. Fui lá atendendo a convite da direção do Sistema Mirante. Espero que a gentileza seja recíproca, que a instituição respeite o partido, que continuar a manter sua linha de oposição no Maranhão.

Candidatura própria

A natureza do partido é ter candidato próprio, construir uma candidatura e com viabilidade de disputar as eleições. Em Imperatriz já está mais concentrado com o deputado Carlinhos Amorim, ele está empolgado, mas não há nenhuma decisão ainda. Em relação a São Luís, por ser uma capital e que tem influência muito grande no eleitorado do restante do Estado, não podemos abrir mão de ter candidato, tendo em vista que por muito tempo nosso partido já comandou a capital. Com quem conversei todos estão querendo algo novo. Portanto, eu defenderei candidatura própria do partido a prefeito tanto em São Luís quanto em Imperatriz. Mas isso é uma opinião pessoal minha.

Participação do PDT

A participação do PDT na administração municipal de São Luís são alianças de uma eleição passada. Cada eleição é uma. Percebo que há muita insatisfação aqui com o Castelo. Deve-se respeitar as instituições partidárias. Qualquer indicação do partido passa pela formalização das instâncias partidárias do PDT. Eu não sou ministro do governo Dilma porque sou bonito, mas sim porque meu partido me indicou. Aqui ocorreu na contramão do processo, privilegiou-se o nome, apesar, vale ressaltar, de ter muitos bons companheiros lá.

Apoio a reeleição de Castelo

O que a maioria do partido decidir, será respeitado, apesar de estar convencido de que a candidatura própria é o melhor para o partido. Temos uma oportunidade de resgatar o poder central, com a morte do governo Jackson Lago, aflorou esse sentimento na população. Agora, isso é uma opinião minha. Se a maioria aqui achar que deve ter candidato próprio terá, se grande parte entender que se deve apoiar o Castelo, a decisão também será cumprida. O Maranhão está precisando de lideranças novas, de oxigenar a sua política. Vejo um momento muito rico em 2012.

Novas lideranças

O processo político é muito dinâmico. Na primeira semana de agosto teremos novidades, como a entrada de novos nomes no partido. De antemão antecipo que será um nome que vai trazer a unidade e com chances de disputar as eleições com competitividade.

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