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Em discurso no plenário, Waldir se despede e pede desculpas

O deputado Waldir Maranhão (PP-PI)

Diante de um plenário alheio a seu pronunciamento, enquanto os candidatos à sucessão do ex-presidente Eduardo Cunha se articulavam no plenário, o presidente Waldir Maranhão (PP-MA) leu, gaguejante, um discurso de despedida de sua breve interinidade no comando da Casa. Bombardeado por sua gestão marcada por recuos e decisões polêmicas, ele encerrou dizendo que deixava a presidência da Câmara sem mágoas ou rancores e ao final, pediu desculpas. Não foi registrado nenhum aplauso.

— Deixarei essa presidência sem mágoa e rancores e com a consciência limpa e tranquila. Continuarei no exercício da vice-presidência prestando lealdade ao Maranhão e ao Brasil. O Maranhão, assim como o Brasil, está destinado ao sucesso. O Brasil é maior que todos nós, e seu destino será glorioso se cada um fizer sua parte. Obrigado e desculpe — discursou Maranhão, sem provocar qualquer manifestação do plenário.

Antes de dar a palavra ao primeiro candidato, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), Maranhão disse que iria fazer uma comunicação á Casa e a sociedade. Disse que chegara a presidência da Casa de forma inesperada e não desejada, num momento difícil do País. Sobre as criticas a sua gestão, disse aguardar o julgamento frio dos dias.

— A Historia não dá respostas prontas e imediatas. A História não se faz de momentos. Saberei esperar o julgamento frio dos dias que virão. Desde inicio tive a consciência de que importante é o Brasil sair dessa crise em que há milhões de desempregados e um futuro incerto. Temos e podemos ter a obrigação de ajudar em mudar essa realidade, esse é o nosso desafio.

Muito criticado, inclusive por Eduardo Cunha, que disse que a Câmara estava acéfala e que a gestão do interino era “bizarra”, Maranhão se defendeu dizendo que sua motivação foi sempre garantir aos processados amplo direito de defesa.

— Minha postura durante minha interinidade foi sempre de honestidade e honradez. Procurei em todos os atos seguir estritamente o regimento da Casa, mesmo aquele que se refere ao processo de cassação de mandato parlamentar, minha motivação como presidente interino foi garantir o processo legal e amplo direito de defesa
— disse, respondendo as críticas á sua gestão.

E ressaltou sua origem humilde.

— Sou um homem de origem simples e humilde . Sou o filho mais velho de oito irmãos, de pais semi-analfabetos. A custa e muita luta me formei veterinário e depois fiz mestrado em Minas Gerais. De volta a minha terra querida, o Maranhão, me tornei professor e diretor do curso — disse.

(Maria Lima)

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