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Em artigo, Flávio Dino expõe a verdade dos números sobre os indicadores do Maranhão

A VERDADE DOS NÚMEROS

Por Flávio Dino

Uma das estratégias mais antigas e reprováveis no debate público, especialmente em processos eleitorais, é difundir mentiras e distorções para tentar angariar popularidade e votos. Às vezes, para dar um ar de credibilidade à estratégia, números são inventados e repetidos exaustivamente. Como exemplo, temos os supostos trilhões desviados do BNDES no Governo Lula, que flutuam por aí em cards na internet. Claro que tais cards não indicam fontes, nada que seja metodologicamente sério.

No Maranhão de hoje, essa estratégia de mentiras distorce números para tentar fixar uma “verdade”. Segundo repentinos e exóticos especialistas, a situação social piorou no Maranhão nos últimos anos, por fatores estaduais. Curioso que todos sabem, ou deveriam saber, que há muitas décadas, o nosso Estado figura nacionalmente em rankings que indicam enormes desafios. Em 2012, por exemplo, 56% da população vivia abaixo da linha da pobreza. E é também curioso que tais “especialistas” fingem ignorar que se instalou o caos social e econômico no Brasil nos últimos anos, tudo agravado pela terrível pandemia. É como se a inflação, o desemprego, a fome, retratados todos os dias na mídia nacional, em todos os Estados, tivessem causas maranhenses. E que isso tudo teria soluções puramente locais, à revelia da gestão econômica que compete exclusivamente ao Governo Federal, conforme a nossa Constituição.

Para trazer verdade ao debate, é necessário focar nos números certos, que tenham consistência metodológica e fontes idôneas, para ao final constatar se políticas locais estavam certas ou erradas. Lembro que o cenário completo só teremos após a realização do Censo Geral deste ano, uma vez que desde 2010 ele não é realizado, por irresponsabilidade federal.

Não obstante, os dados mais recentes do IBGE, reunidos na Síntese de Indicadores Sociais 2021, demonstram que o Maranhão conseguiu avançar no meio de uma tempestade. Nosso estado teve a 4ª maior queda no número de pessoas pobres entre 2019 e 2020, e também registrou o 4º melhor resultado do país no acumulado de 2014 a 2020. O IBGE também constatou uma melhoria nos valores de rendimento mensal a partir da renda do trabalho desde 2015, com aumento de 14,8% até 2020, a 2ª maior variação entre todos os estados brasileiros.

Esses números, sintetizados pelo IMESC, só foram possíveis em razão da política acertada que priorizou a geração de emprego, renda e novas oportunidades aos maranhenses. Realizamos uma série de investimentos públicos em infraestrutura de transportes, assistência social, educação e saúde, além do olhar mais focado nos programas sociais. Implementamos ações de combate à insegurança alimentar, com a maior rede de restaurantes populares do país (105 até o momento), distribuição de cestas básicas e incentivo à agricultura familiar, inclusive com programas estaduais de compras de alimentos (PROCAF).

Esse ambiente saudável de investimentos públicos gerou confiança no setor privado, que investiu fortemente no estado. Somente o nosso Porto do Itaqui, o porto público gerido pelo governo do Estado, atraiu mais de R$ 2 bilhões em investimentos, expansão das atividades e construção de novos terminais e berços para atracação de navios. Isso tudo gera novas oportunidades de crescimento das empresas e novos postos de trabalho.

Desde 2017, mesmo com a recessão econômica e a quadra de dificuldades no âmbito nacional, o Maranhão apresenta saldo positivo na geração de empregos, conforme dados do CAGED do Ministério da Economia. Em 2021 foram mais de 42 mil novos postos formais de trabalho, o melhor resultado relativo do Nordeste, superando o resultado de 2020, que com muito esforço e ação governamental já havia sido positivo, uma vez que fomos o primeiro estado a reabrir a economia durante a pandemia. O Maranhão tem hoje 12,8% mais vagas de trabalho em relação ao patamar de 2019, anterior à pandemia, consoante o IMESC. Um grande resultado dos planos de investimentos que implantamos: Celso Furtado (2020) e Maranhão Forte (2021). Encerramos o nosso ciclo governamental com aproximadamente R$ 10 bilhões em investimentos públicos, realçando a força de uma gestão honesta do dinheiro público.

Isso tudo se refletiu no âmbito dos municípios, como tenho certeza que o próximo IDHM mostrará, após o Censo Geral de 2022. As indicações do progresso já são percebidas em estudos como o divulgado pela Consultoria Cognatis, com base em números do IBGE de 2020 e de 2021. Tais estudos mostram que dos 10 municípios com menor IDH do Brasil, somente 2 são do Maranhão, e não 8 como alguns inventaram.

Que os ventos desse novo Maranhão que surge, retratado em números verdadeiros, tragam ainda mais esperança de uma vida melhor ao povo. Demos alguns passos na direção certa e precisamos perseverar. Seguirei lutando, como sempre fiz, para que as políticas públicas alcancem mais famílias e levem dignidade a todos e todas.

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