É possível pacificar a segurança pública do Maranhão
Parece que o Governo do Estado “pagou” para ver a paralisação da PM e do CBM, no dia 08/11/2011. E acabou vendo. Foi um fato inédito na história das duas corporações militares do Maranhão, que por sinal ocorreu de forma ordeira e pacífica e durou apenas 4 horas, pois os manifestantes aceitaram um acordo para aguardar até o dia 23/11 por uma proposta concreta do Executivo Maranhense.
Agora, surgem notícias nos blogs de que a Governadora não vai atender às reivindicações dos militares e ainda por cima vai chamar a Força Nacional, ou seja, tudo indica que o Governo pretende “pagar” mais uma vez para ver uma nova paralisação dos militares estaduais. É preferível não arriscar novamente, ou melhor, não pagar o preço de ver, pela primeira vez na história da segurança pública deste Estado, um confronto sem precedentes que poderá resultar em danos físicos e sociais para os manifestantes militares e integrantes da Força Nacional, o que, com certeza, manchará a segurança pública, o governo e o Estado, além de trazer caos à sociedade que paga impostos para ter uma segurança cidadã.
Isso seria um grande erro político da vida da governadora. Será que o “melhor governo da vida dela” deixará esse triste e desastroso legado para o povo do Maranhão? Não creio que a Chefe do Executivo Estadual vai se deixar levar pela vaidade, o orgulho, a prepotência e a intolerância, pois é tempo de cultivarmos a paz, não a guerra. É tempo de cultivarmos o diálogo, não a intransigência. É tempo de cultivarmos a ordem, não a desordem. É tempo de cultivarmos o amor, não o ódio.
Enfim, é tempo de o Estado valorizar os seus servidores e permitir que vivam com dignidade. Portanto, prefiro acreditar numa solução democrática e justa que venha ao encontro dos anseios dos profissionais da segurança estadual e ao mesmo tempo permita ao Estado se adequar à realidade orçamentária.
Acredito, também, no bom senso, na responsabilidade e na capacidade política e administrativa da senhora Governadora Roseana Sarney para resolver essa crise instalada nas instituições militares do nosso maravilhoso e pacífico Estado.
Um grande abraço a todos!
São Luís-MA, 18/11 2011
Manoel Alves da Cunha
Tenente-coronel do CBMMA
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