(Por JM Cunha Santos, no Informe JP)

As testemunhas de defesa de Roseana Sarney não foram ouvidas no processo em que é acusada de firmar R$ 1 bilhão em convênios eleitoreiros. Nem sequer foram apresentadas. Talvez porque, definitivamente, a governadora do Maranhão não tem defesa. Apenas duas testemunhas, Hildon Rocha e Sérgio Macedo, estiveram lá. Um para não dizer nada e outro para não falar coisa nenhuma.

Nada menos que R$ 1 bilhão de convênios escorreu pelo ralo da compra de votos na eleição de 2010 e ninguém sabe dar explicações sobre o assunto. Celebraram convênios até com associações de futebol de areia. E pensem só no que esse dinheiro renderia em benefícios à população se aplicados em educação ou segurança.

Como este também é um ano de eleição, não custa nada sugerir a celebração de convênios com algumas sacrificadas associações do Estado: Associação dos Derrotados da Beija Flor de Nilópolis, Associação dos Contribuintes Forçados da Fundação da Memória Republicana Brasileira, Associação dos Motoqueiros Assaltantes, Associação dos Trocadores de Tiros em Igrejas Evangélicas, Associação dos Vendedores de Queijos com Larvas de Moscas, Associação dos Comedores de Alho Cru com Cebola Frita, Associação dos Picados por Aranhas Caranguejeiras, Associação dos Vendedores de Dinossauros, Associação das Vítimas de Contatos Imediatos de Terceiro Grau, Associação das Testemunhas Dispensadas em Processos Contra Roseana e Associação dos que Passam na Ponte José Sarney.

E esta será a receita infalível para a vitória na eleição para prefeito de São Luís se o candidato oficial não for cassado e cair na lista suja da ficha limpa. E como Roseana Sarney conseguiu celebrar 545 convênios em apenas dois dias do mês de junho de 2010, o melhor é que associações similares às acima citadas tratem de se inscrever logo após as convenções partidárias. Como já fez a Associação dos Compradores de Diplomas no Uniceuma.