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Dutra propõe saída da outra parte do PT do governo Roseana

O deputado federal Domingos Dutra (PT) defendeu nesta quinta-feira (1º) a saída da outra ala do Partido dos Trabalhadores do Maranhão do governo Roseana Sarney, por ser, segundo ele, “um governo impopular” e que “não fala com a sociedade”.

O parlamentar solicitou, no Plenário da Câmara, ao Diretório Nacional que intermedie com a banda do PT que está no governo Roseana para que o partido deixe o governo estadual. “Não tem mais sentido essa parte do PT ficar num governo que é impopular, não fala com os movimentos sociais, não tem diálogo com a Igreja e que a CUT, a FETRAF, a FETAEMA, os trabalhadores rurais, todos são contra”, disse Dutra.

O deputado ressaltou que o governo Roseana não dialoga com a população e só beneficia os poderosos. “É um governo que só beneficia uma minoria e isso vai contra a lógica do PT”, disse. Dutra enunciou que o atual governo “massacra os trabalhadores rurais, desrespeita os negros e quilombolas e persegue os índios”.

Diante dessa posição, Dutra disse que o melhor caminho que deve ser tomado é o PT sair do governo Roseana Sarney. “O vice-governador (Washington Luiz/PT) já conseguiu seu objetivo, que era ter um mandato sem ter voto. O que ele queria, já conseguiu. Se a governadora adoecer, ou renunciar ou, ainda, concorrer a outro cargo, ele assume”, declarou.

Domingos Dutra justificou o porquê dessa sua sugestão, lembrando que as eleições de 2010 foram traumáticas para o PT do Maranhão.

“Nós vencemos o Encontro Estadual do partido, por dois votos, numa votação aberta, nominal, filmada, fotografada, testemunhada pelo Diretório Nacional para apoiar o deputado Flávio Dino, do PCdoB, partido aliado do PT desde 1989, na primeira eleição presidencial. Ocorre que o Presidente do Senado constrangeu e pressionou o presidente Lula, que influenciou o Diretório Nacional a intervir na decisão, fazendo com que o PT do Maranhão se coligasse com a atual governadora”, afirmou.

Dutra lembrou que por conta da decisão do Diretório Nacional ele e o líder camponês Manoel da Conceição fizeram greve de fome durante dez dias no plenário da Câmara. “O nosso objetivo era anular aquela intervenção autoritária”, contou.

Depois de dez dias foi feito um acordo com a Direção Nacional do PT, que permitiu que Domingos Dutra e outros petistas fizessem campanha para Flávio Dino “e não fôssemos obrigados a fazer campanha para uma oligarquia que há mais de 40 anos infelicita o Maranhão”.

O deputado informou, ainda, que naquela época, a governadora Roseana “prometeu o céu” para os petistas que lhe aderiram. “Passados dois anos dessa infeliz aliança, o PT do Maranhão, ligado ao Governo do Estado está desmoralizado”, denunciou o parlamentar.

Segundo o deputado, as secretárias de Educação e a de Assistência Social que foram dadas ao partido, foram tomadas, e Washington está desmoralizado. “A última da governadora foi essa sua posição com relação à greve dos policiais que desfez o acordo que o Washington tinha feito com os militares”, ressaltou.

 

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