Para muitos, a candidatura do vice-governador Washington Luiz (PT) à prefeito de São Luís será um tremendo fiasco. O titular do blog, por várias vezes, foi um dos que apostou na tese de que o sarnopetista não decolaria. Até agora, as consultas tem confirmado isso, o péssimo desempenho de Washington junto o eleitorado, sobretudo por ser o nome oficial do grupo Sarney, bastante desgastado perante a população.

No entanto, como afirma o colega blogueiro Robert Lobato, pesquisa retrata apenas um momento.

Não deixa de ser verdade, ainda mais quando a própria oposição tem propiciado – conjugação de decisões que apontam para rachas e divisões no grupo – um momento favorável ao petista, que abre brecha para a possibilidade de Washington despontar e, tragicamente, o clã Sarney vencer a eleição da capital.

Se com as candidaturas de Tadeu Palácio e Edivaldo Holanda Jr., pelo campo democrático e popular, já existe margem viável de Washington chegar ao segundo turno contra o prefeito João Castelo, com a entrada de Eliziane Gama na disputa as chances do vice-governador aumentam consideravelmente.

Seria a divisão dos votos da oposição em três vértices, sem falar do eleitorado do segmento evangélico. Um desastre total.

O apoio de Lula e da presidenta Dilma, somados ao apoio do governo do Estado com sua poderosíssima máquina (em São Luís os Sarneys detém 30% de eleitorado cativo), além do maior tempo de televisão (coligação com a maioria dos partidos) aliado a fragmentação da oposição são premissas verossímeis que levam a conclusão fácil de que Washington está no páreo.

Bem ao contrário do que muitos analistas políticas pensam, justificado pelo fato da imagem do candidato sarneysista não ajudar – ausência de carisma, inexperiência e falta de conteúdo.

Pode até ser.

Apenas para reforçar um dos argumentos postos pelo blog que podem beneficiar Washington (variável Lula/Dilma), levantamento feito pelo Datafolha entre os dias 13 e 14 de junho mostra crescimento do petista Fernando Haddad, candidato da dupla Lula e Dilma, na intenção de voto para Prefeitura de São Paulo.

Haddad subiu de 3% para 8% na preferência dos eleitores. Isso apenas em duas semanas, depois de Lula aparecer, em rede nacional, pedindo votos para ele no programa do Ratinho. Portanto, não se espantem.