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Disputa entre grupos de Washington e Zé Carlos provoca demissão do sup. da Caixa

A guerra no PT do Maranhão se intensifica à medida que se aproxima às eleições de 2014. A principal disputa é travada entre o grupo liderado pelo deputado estadual Zé Carlos, que a cada dia vem ganhando espaço e força na legenda, e o do vice-governador Washington Luiz, um pouco enfraquecido.

Mais um capítulo desse confronto ocorreu nesta semana, com a queda do superintendente da Caixa Econômica no Maranhão, ligado ao deputado Zé Carlos. Antes de ser parlamentar Zé ocupava o posto e fez a indicação do sucessor.

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Zé Carlos é mais alinhado hoje ao grupo do deputado Bira do Pindaré, que por sua vez, mantém relações próprias com o presidente da Embratur, Flávio Dino. Foto: blog Marco D’Eça

Adversários atribuem ao vice-governador, Washington Luiz com a ajuda da governadora Roseana Sarney e do seu grupo, à saída do superintendente regional do banco. Uma punhalada do clã em Zé Carlos, até então aliado da família.

O dirigente petista Henrique Sousa, assessor de Zé Carlos, disse ao blog que seria leviano afirmar que a demissão teria sido motivada por uma retaliação de Washington.

“De fato foi exonerado esta semana, não posso afirmar que isso partiu de uma articulação do Washington, entretanto o vice-governador comunicou há um tempo que o superintendente não tinha mais o seu apoio para permanecer no cargo”,  revelou Henrique Sousa.

Pelo que o blog apurou, a saída do superintendente pode ter ocorrido por dois motivos: o Processo de Eleição Direta do PT (PED 2013), no qual os grupos de Washington e Zé Carlos devem bater chapa, e o fato dos dois petistas também serem prováveis candidatos a deputado federal em 2014.

Isto é, o suposto movimento de Washington e Roseana visa enfraquecer Zé Carlos nos dos sentidos. Para o clã Sarney, é muito mais interessante negociar novamente o apoio do PT com Washington que Zé Carlos, tido como independente e radical. “Com o grupo do Washington é uma condição de alinhamento automático e uma posição de subserviência ao governo do estado”, declarou Sousa.

Henrique explicou que as diferenças existentes entre o grupo liderado por Zé Carlos com Washington decorreram de movimentos equivocados do vice-governador.

“As nossas diferenças já vem desde a eleição municipal, nós defendemos à época que o Washington deveria estar no interior apoiando nossos candidatos, mas ele preferiu atender a um chamado do então presidente do Senado José Sarney para ser candidato a prefeito de São Luís, sem nenhuma estrutura e muito menos chance”, criticou.

Na avaliação de Henrique, o PT não dá cobertura às bases municipais. “Hoje temos 85 diretórios municipais que não estão alinhados ao Washington”.

Outro lado

Uma fonte ligada ao vice-governador informou que ele não teve participação em qualquer defenestração, mas que setores do partido ligados a Washington Luiz estavam insatisfeitos com a atuação do superintendente da Caixa. “A instituição bancará tem critérios de desempenho e eles avaliaram que o superintendente não estava tendo um bom rendimento. É também uma questão de disputa interna do PT. Além disso, vale destacar que o Washington apoiou a indicação do superintendente, junto com o Zé Carlos, e inclusive também a nomeação do próprio Zé ao posto em 2003”, esclareceu.

Em relação ao fato de Washington ter sido candidato a prefeito de São Luís e, por conta disso, acusado de abandonar as bases do PT, a fonte disse que o vice-governador cumpriu uma missão de grupo. “Quem tem que fazer esse papel de assistência ao partido no interior é a direção regional, entre os quais o presidente Raimundo Monteiro, Rodrigo Comerciário, o Zé Carlos e outros. O Washington nem dirigente regional é do PT do Maranhão”, afirmou.

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