247 – O juiz e governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), postou nas redes sociais na manhã desta quarta (30) sua indignação com o parecer proferido pelo Ministério Público Federal (MPF) negando o direito do ex-presidente Lula de ir ao enterro do seu irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá, que faleceu nesta terça-feira (29) vítima de um câncer.

“‘Fundamentos’ que usaram para negar um direito a Lula: PF não tem estrutura; polícia de São Paulo não tem estrutura; Lula NÃO é um preso comum; Brumadinho; campanha pelo Nobel da Paz; risco de ‘resgate’ (??). Ou seja, ‘motivação’ oca e desconexa. Lamentável e vergonhoso”, disparou Dino.

A indignação de Dino é referente ao parecer assinado por Deltan Dallagnol. Nele, o coordenar da força-tarefa da Operação Lava Jato disse que a ida de Lula ao enterro poderia “atrapalhar na buscas em Brumadinho” e que a presença de Lula no local poderia causar “pertubação da ordem pública”. “Consultada a Coordenação de Aviação Operacional da PF, sobreveio a informação de que no momento os helicópteros que não estão em manutenção estão sendo utilizados para apoio aos resgates das vítimas de Brumadinho”, diz um trecho do parecer.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não deixar a prisão, em Curitiba, nesta quarta-feira (30), para encontrar familiares em uma unidade militar, após a morte de um de seus irmãos. Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, morreu de câncer na manhã de terça-feira (29), aos 79 anos.

A saída do ex-presidente foi autorizada no início da tarde pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de plantão no recesso do Judiciário. O corpo de Vavá foi enterrado às 13h em São Bernardo do Campo (SP).