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Dino: chacina em MT é resultado de “irresponsável política armamentista”

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou, na tarde desta quarta-feira (22/2), a chacina de Sinop, em Mato Grosso, que terminou com sete pessoas mortas, entre elas uma criança de 12 anos. Segundo o chefe da pasta, o crime é “resultado trágico da irresponsável política armamentista”.

“Mais sete homicídios brutais. Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de ‘clubes de tiro’, supostamente destinados a ‘pessoas de bem’, como alega a extrema-direita”, escreveu o ministro no Twitter.

A chacina ocorreu na tarde de terça-feira (21/2) no Bruno Snooker Bar, no bairro Lisboa, no município mato-grossense. Dois homens entraram no local, disparam diversas vezes contra um grupo de pessoas, pegaram objetos em cima de mesas de sinuca e abandonaram o local em uma caminhonete.

Em desdobramento da investigação, a Polícia Civil descobriu que um dos suspeitos do crime, Edgar Ricardo de Oliveira, 30, ostentava nas redes sociais diversos vídeos em que praticava tiro em clubes. O outro responsável é Ezequias Souza Ribeiro, 27. Ambos estão foragidos (foto em destaque).

As vítimas são: Maciel Bruno de Andrade Costa, 35; Josué Ramos Tenório, 48; Adriano Balbinote, idade não confirmada; Orisberto Pereira Souza, 36; Getúlio Rodrigues Frazão, idade não confirmada; e a filha dele, Larissa de Almeida Frazão, 12. Eliseu Santos da Silva, 47, foi socorrido, mas morreu no centro cirúrgico do Hospital Regional.

Aumento das armas e clubes de tiros

Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), mais de 1,6 mil novas empresas voltadas ao comércio de armas de fogo e munições começaram a funcionar no Brasil. Apenas no último ano da gestão do ex-presidente, em 2022, o Exército autorizou a abertura de 605 estabelecimentos do tipo.

Os dados foram obtidos pelo Metrópoles por meio de pedido via Lei de Acesso à Informação (LAI). As informações provêm do Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), mantido pelo Exército Brasileiro.

Em dezembro de 2022, o Brasil contabilizava 3.209 empresas autorizadas pelo Exército a comercializarem os produtos. Os militares, porém, afirmaram não ter a informação de quantos estabelecimentos estavam ativos nos anos anteriores.

No Brasil, a força controla o comércio do setor. Dessa forma, os comerciantes precisam de autorização prévia para atuar. Além disso, é necessário comprovar idoneidade por meio da apresentação dos antecedentes criminais registrados na Justiça.

Os responsáveis pelos estabelecimentos também devem formular e apresentar um plano de segurança, em que conste, por exemplo, medidas de controles de acesso de pessoas ao local em que se encontram os materiais, bem como diretrizes de segurança contra roubos e furtos. (Metrópoles)

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