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Dilma se reaproxima de Sarney e pede conselhos

A presidente Dilma Rousseff, durante a cerimônia em que apresentou a MP para modernização da gestão do futebol. Segundo ela, saída de Cid Gomes do ministério é caso pontual (Foto: AP Photo/Eraldo Peres)

A presidente Dilma Rousseff (Foto: AP Photo/Eraldo Peres)

Como o diálogo com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) não rende, a presidente Dilma Rousseff (PT) tem recorrido cada vez mais aos conselhos do ex-presidente José Sarney.

A informação é da Revista Época.

Os conselhos de José Sarney, no passado, já renderam a Dilma Rousseff escolhas como Edison Lobão (ex-ministro de Minas e Energia envolvido em ato de corrupção na operação Lava Jato) e Silas Rondeau. Agora seus conselhos só podem se referir a Alberto Youssef, que rendeu um bocado a ambos.

Dilma e Sarney, que estavam distantes por conta da eleição do Maranhão (a presidenta fez corpo mole no apoio a Edinho Lobão, candidato a governador da oligarquia) se parecem no modo de governar. A gestão da presidente Dilma Rousseff é considerada ruim ou péssima por 64% dos brasileiros, índice igual ao obtido em julho de 1989 por José Sarney, até então recordista isolado de rejeição na série histórica do instituto Ibope.

Aliás, Sarney está prestes a inaugurar seu escritório político. Ele fica a menos de cinco quilômetros da Praça dos Três Poderes. O locatário do imóvel é o deputado federal Heráclito Fortes, seu amigo.

Afagos

A nomeação para o Superior Tribunal de Justiça do desembargador maranhense Reynaldo Fonseca, do TRF da 1ª Região, aos olhos de políticos é a indicação de que a presidente Dilma afaga o ex-senador José Sarney e quer segurar como pode parte do PMDB – séquito do veterano cacique – em razão de já ter perdido grupo significativo capitaneado por Eduardo Cunha e Renan Calheiros, presidentes da Câmara e Senado, informa a coluna Esplanada.

O desembargador era declaradamente apadrinhado por Sarney, a despeito do bom currículo – a exemplo dos outros dois nomes da lista tríplice entregue em meados de março a Dilma. Outros 20 nomes concorriam à vaga antes da lista tríplice. Reynaldo foi apontado como um candidato apadrinhado pelo PMDB.

A presidente tem consultado discretamente o ex-senador sobre o PMDB e governabilidade. E outra mostra de aproximação com o cacique foi a presença dele como convidado de honra na posse do ministro da Secom do Planalto, na terça-feira (31). Dois dias depois a presidente anunciou a escolha do desembargador maranhense para o STJ.

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