Além de decepcionar a todos nós maranhenses vetando o artigo do projeto que concedia maior participação na distribuição dos royalties aos municípios e estados nordestinos (não produtores de petróleo), a presidenta Dilma Rousseff veio a São Luís sem qualquer objetivo produtivo, anúncio de boas novas ou medidas de impacto para amenizar o quadro sofrível da nossa população (se bem que o governo do estado não tem muito que mostrar).

Dilma veio, sim, apenas com o propósito de fazer afagos/gestos políticos ao presidente do Senado, José Sarney, e sua família, que comandam uma oligarquia que há mais de quatro décadas oprime, humilha e vilipendia a população maranhense.

Pior de tudo é que a visita da presidenta não traz nada que propicie a esperança de reverter os indicadores sociais que nos colocam sempre nos últimos lugares dos rankings de desenvolvimento. Infelizmente.

Isto é, podemos considerar bastante infrutífera a missão de Dilma. Ela não determinou nenhuma ação por parte do governo federal no  combate à violência que continua ceifando a vida de centenas de maranhenses, nenhum plano para reverter o péssimo resultado das escolas do estado no Enem bem como o grande número de escolas de ensino médio que continuam fechadas e tampouco, ainda, a presidenta deu uma declaração de que irá conseguir efetivar a duplicação da BR-135 ou a implementação de medidas a fim de despoluir nossas praias.

A vinda de Dilma teve outro propósito, o político, que foi tratado a portas fechadas, longe do jogo de cena de entrega de medalhas e homenagens.

A presidenta passa por um momento de fragilidade no seu governo, dados os recentes acontecimentos, tanto no plano administrativo quanto no político – vide os últimos escândalos de corrupção escancarados na imprensa – e ela precisa de Sarney, ainda presidente do Congresso Nacional. Portanto, nada menos do que pura politicagem!

Fez bem os nossos representantes da oposição não participarem deste circo armado. Não pegaria bem a eles o papel de bobos da corte. Isso fica a cargo dos governistas.