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Descaso do governo Roseana: Obras em escola da Cid. Olímpica seguem paradas

NÚBIA LIMA (Especial para o JP)

As obras de construção do Centro de Ensino Médio da Cidade Olímpica, em São Luís, que tem capacidade para abrigar 1.500 alunos do bairro e de comunidades vizinhas, continuam paradas. Na manhã de quarta-feira (18), a reportagem do Jornal Pequeno constatou que não há ninguém trabalhando no local, apesar de o governo estadual ter informado, em novembro passado, que a ordem de serviço para conclusão das obras havia sido assinada.

A construção da escola – cujo projeto prevê 12 salas de refeitório, sala de professores, biblioteca, laboratório de informática, área administrativa quadra poliesportiva coberta – foi iniciada ainda no governo no governo de Jackson Lago. A obra parou quando Roseana Sarney assumiu o cargo, em abril de 2009, e foi retomada em maio de 2010, mas voltou a “empacar” dois meses depois (julho). Desde então, não andou mais.

Foto: G. Ferreira. Escola que abrigaria 1.500 alunos foi quase totalmente depredada

Uma placa do governo foi colocada na construção abandonada, após a assinatura da ordem de serviço, em novembro. Informa que o custo para terminar a obra é R$ 1.119.668,65 e o prazo de conclusão de 210 dias. Quase 60 dias já se passaram sem que nada fosse feito.

Enquanto isso, o que já foi construído da escola vem sendo depredado sistematicamente por vândalos e ladrões. Parte do telhado, a fiação elétrica e estruturas de madeiras já foram subtraídos.

“Nós moradores lutamos para que a comunidade garantisse uma escola para nossos filhos. Mas cansamos de esperar”, disse, indignado, o funcionário público João Nunes, um dos moradores pioneiros da Cidade Olímpica.

Com o atraso das obras da escola, os jovens que, atualmente estão em idade escolar correspondente ao ensino médio precisam se deslocar para os bairros da Cidade Operária e São Cristovão.

A situação deixa o barbeiro Amauri Rodrigues da Conceição, de 32 anos, preocupado. Ele mora a apenas 12 metros da construção inacabada do Centro de Ensino Médio da Cidade Olímpica, mas sua filha de 13 anos é obrigada a estudar em outros bairros.

“Ver essa escola pronta sempre foi um sonho. Eu ficaria tranquilo em saber que minha filha estuda perto de caso, segura”, lamentou Amauri.

Membros da associação de moradores da Cidade Olímpica afirmaram que cobram constantemente uma resposta da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), mas até o momento não obtiveram nenhum posicionamento.

As obras não avançaram em nenhuma das etapas das obras. Segundo Mauricélia Guilhermina da Silva, que integra a associação de moradores, quatro empresas já se responsabilizaram pela conclusão da obra, mas todas abandonaram os trabalhos pela metade.

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