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Deputado volta a criticar programa estadual Saúde é Vida

Lenno Edroaldo / Agência Assembleia

Líder da bancada de Oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Marcelo Tavares (PSB) voltou a criticar a gestão do programa Saúde é Vida, do governo estadual. Segundo o parlamentar, a Secretaria de Saúde (SES) não se programou da forma devida para administrar as várias unidades de saúde que estão contempladas no projeto.

Para Tavares, uma prova disso é o alto número de dispensas de licitações feitas pela secretaria, inicialmente para a construção de hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), orçadas em mais de R$ 700 milhões, e agora para adquirir equipamentos hospitalares.

“Como essas UPAs já estão prontas há um ano, com a inauguração delas prometidas desde 2009, não entendo por que a Secretaria não se planejou e não fez a licitação. Possivelmente conseguisse preços melhores do que isso, mas a Secretaria não fez”, afirmou.

A reclamação do parlamentar repercute informação veiculada em blogs locais, afirmando que houve hiperfaturamento na compra destes equipamentos. “Aqui mostra os extratos de contratos com a empresa Maquete do Brasil para a compra, por R$ 1,077 milhão, de foco cirúrgico de teto. Extrato de contrato com a empresa Biocare Material Médico, fornecimento de equipamentos hospitalares, valor de R$ 2,085 milhões. Extrato de contrato no valor de R$ 402 mil com a empresa Oscar Iskin. Extrato de Contrato no valor de R$ 1,946 milhão com a empresa Médio Lopes. Extrato de Contrato de R$ 45 mil com a empresa ID Comércio e por aí vai. Todos estes valores, somados, são muito altos”, argumentou.

O líder reiterou críticas feitas ao secretário de Saúde durante a sessão especial realizada na última terça-feira (20) e disse que a Oposição assim realiza seu papel de fiscalizar o governo do estado, ao contrário de comentários feitos por outros parlamentares de que sua atuação não teria sido eficaz. “O secretário Ricardo Murad não se planejou para inaugurar essas UPAS. E só fez essas inaugurações em função das denúncias da oposição, R$ 714 milhões com dispensa de licitação”, finalizou.

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